UOL Esporte Vôlei
 
18/11/2010 - 21h29

Campeões mundiais se estranham, e Vôlei Futuro x Sesi termina em confusão

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Se o Sesi não ofereceu a menor resistência para o Vôlei Futuro em quadra nesta quinta-feira, no segundo jogo das finais do Campeonato Paulista masculino de vôlei, após a partida os jogadores das duas equipes se equivaleram em uma confusão generalizada dentro do ginásio Plácido Rocha. Encerrada a vitória dos donos da casa em Araçatuba por fáceis 3 sets a 0, os atletas se estranharam na rede e quase chegaram às vias de fato.

VÔLEI FUTURO ATROPELA SESI E LEVA FINAL DO PAULISTA PARA O 3º JOGO

Nada definido. Após uma suada vitória do Sesi sobre o Vôlei Futuro por 3 sets a 2 na última terça-feira, nesta quinta o time de Araçatuba devolveu o revés, venceu facilmente por 3 sets a 0 (25-19, 25-21 e 25-18) e levou as finais do Campeonato Paulista masculino de vôlei para o terceiro e definitivo jogo, a ser disputado no próximo sábado às 11h em São Paulo, no ginásio do Sesi.

Atuando em casa e contando com o empolgado público que lotou o ginásio Plácido Rocha, o Vôlei Futuro teve performance praticamente impecável nesta noite. Aproveitando-se da irregularidade mostrada pela recepção do Sesi, o time do interior encaixou bons saques e teve aproveitamento muito melhor nos contra-ataques, além de anular o ponteiro Murilo, grande destaque da equipe da capital. Thiago Alves, incomodado por dores no joelho, saiu ainda no primeiro set e não voltou mais.
A confusão começou por um problema entre dois campeões mundiais: Escadinha, ouro em 2006, e Leandro Vissotto, vencedor em 2010. Após o jogo, o líbero do Sesi se recusou a cumprimentar o oposto do Vôlei Futuro, alegando que Vissotto não respeitou o time adversário nem no primeiro jogo das finais, na última terça-feira, nem hoje.

“Nós ganhamos lá [em São Paulo] e respeitamos o time deles, mas viemos aqui e não houve respeito, principalmente com o Vissotto, que já tinha me mandado para aquele lugar no jogo passado”, esbravejou Escadinha em entrevista ao Sportv. “Aqui o líbero deles [Daniel] ficou me xingando do banco. Então eu não tenho obrigação nenhuma de cumprimentar os dois”.

Vissotto tentou tirar satisfação com os jogadores do Sesi por não ter sido cumprimentado, e teve início a confusão. Daniel, criticado por Escadinha, também tentou encarar os jogadores do time da Capital, protagonizando uma cena curiosa, em que, do alto de seu 1,70 m, tentou peitar o central Sidão, de 2,03 m.

Os atletas foram apartados por outros jogadores e membros das comissões técnicas, e nenhuma agressão física se consumou.

Apesar do clima tenso, as duas equipes concordaram em uma questão: a superioridade do Vôlei Futuro na partida.

“Eles fizeram um belo jogo, não deixaram a gente jogar”, elogiou Escadinha. “Eles vieram com um saque muito forte desde o início, tiraram a nossa recepção e vieram com um bloqueio bem montado pra cima dos nossos atacantes. A gente não teve força pra sair do buraco, e isso foi o mais preocupante”, completou Giovane Gávio, técnico do Sesi.

Pelo lado do Vôlei Futuro, a vitória foi muito comemorada, mas os atletas admitiram surpresa pela facilidade com que fecharam a partida. “Depois da derrota de terça-feira, a gente saiu mordido e veio pra esse jogo em casa. A gente estava empenhado, mas esse 3 a 0 eu não esperava”, reconheceu o central Michael, um dos destaques do confronto.

Com uma vitória para cada lado, a final do Campeonato Paulista masculino de vôlei será decidida no terceiro e definitivo jogo, neste sábado, às 11h, em São Paulo. O Sesi busca o bicampeonato, e o Vôlei Futuro tenta um título estadual inédito.

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