UOL Esporte Vôlei
 
18/11/2010 - 19h43

Nova promessa de equilíbrio tenta minar bipolaridade na Superliga feminina

Bernardo Feital
No Rio de Janeiro
  • Sheilla (13) e Mari (7) formarão o trio olímpico da Unilever com Fabi (14). Já Fabiana (c) e Joycinha (d), que deixaram o time carioca, estarão no 'galáctico' Vôlei Futuro

    Sheilla (13) e Mari (7) formarão o trio olímpico da Unilever com Fabi (14). Já Fabiana (c) e Joycinha (d), que deixaram o time carioca, estarão no 'galáctico' Vôlei Futuro

Quando se pensa em Superliga feminina de vôlei, facilmente vêm à mente os times da Unilever e do Sollys/Osasco. As duas equipes dominaram o cenário nacional nos últimos seis anos ao protagonizarem as decisões pelo título da principal competição do país. E entram como favoritas novamente. No entanto, uma nova promessa de equilíbrio tenta minar a bipolaridade recente.

Com alto investimento, o Vôlei Futuro herda a missão do Blausiegel/São Caetano, que nos dois últimos anos apostou no trio Fofão, Mari e Sheilla para tentar acabar com a hegemonia dos rivais. Não deu certo. A parceria chegou ao fim e as jogadoras deixaram o time. Fofão foi para a Turquia, e Mari e Sheilla vão reforçar a Unilever.

O mercado foi movimentado na intertemporada. E o time comandado por Bernardinho trouxe as campeãs olímpicas, mas perdeu importantes jogadoras. Capitã da seleção brasileira na campanha do vice mundial, Fabiana deixou a Unilever para defender o Vôlei Futuro. Mesmo caminho seguido pela oposta Joycinha. O time de Araçatuba ainda repatriou a ponteira Paula Pequeno e contratou também as note-americanas Sykora, melhor líbero do Mundial do Japão, e Glass, melhor levantadora do Grand Prix.

“Será difícil encarar minha ex-equipe, a Unilever. Foram seis anos ali, mas são coisas que acontecem no esporte e estou defendendo outras cores. Temos uma equipe muito forte que vem para brigar para estar lá em cima com elas”, afirmou Fabiana.

Sua nova companheira, Paula Pequeno, já é um pouco mais cautelosa. “Vamos com calma. Temos um ótimo investimento, mas as outras equipes estão fortes também. Para mim será o mais equilibrado de todos os tempos. Vamos esperar para ver”, disse a ponteira, que estava no voleibol russo.

E o fortalecimento do Vôlei Futuro é assunto entre os rivais. “A temporada passada já foi muito dura. Este ano temos a equipe de Araçatuba que fez um enorme investimento. Ano passado foi o São Caetano. Osasco tem de trabalhar para estar no topo”, falou o técnico do Osasco, Luizomar de Moura. O time paulista entra na disputa para defender o título com a base mantida. São seis jogadoras da seleção brasileira atual - Jaqueline, Sassá, Natália, Thaísa, Adenízia e Camila Brait -, além da campeã olímpica Carol Albuquerque.

Embora os holofotes estejam voltados para o Vôlei Futuro, outras equipes também sonham em quebrar a hegemonia na Superliga. O Pinheiros será conduzido em quadra por Fabíola, atual levantadora titular da seleção. O Minas conta com a cubana Yusleynu Herrera e a norte-americana Nicole Fawcett.

Mas o favoritismo está mesmo entre Unilever, Osasco e, agora, Vôlei Futuro. “Não gosto de falar destas coisas antes do campeonato começar. Há uma série de fatores que podem determinar um time como favorito. Jogadores que se lesionam durante uma campanha podem prejudicar”, disse a ponteira Mari, que se recupera de lesão e só volta a jogar em 2011.

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