Com vitória por 3 a 0, Pinheiros conquista 3º título paulista, o segundo consecutivo

08/12/2010 - 22h43

Pinheiros vence Vôlei Futuro, fatura bi e impede rara dobradinha no Paulista

Roberta Nomura

Em São Paulo

A sensação da temporada é o Vôlei Futuro. Com investimento pesado, a equipe de Araçatuba montou times competitivos no feminino e no masculino. Entre os homens, o retorno foi imediato. As mulheres tinham a chance de repetir a conquista e fazer dobradinha que não ocorre no Campeonato Paulista desde 1984. Mas o time de Paula Pequeno, Fabiana, Joycinha e das norte-americanas Glass e Stacy Sykora falhou. Com a base mantida e reforçado, o Pinheiros/Mackenzie venceu por 3 a 0 (25-20, 25-20 e 27-25) e conquistou o terceiro título estadual de sua história, o segundo consecutivo.

PAULA SE EMOCIONA COM PERDA DE TAÇA

Além de impedir a dobradinha, o Pinheiros manteve o troféu na capital – a última vez que um time do interior levantou a taça foi em 1998. Para chegar ao terceiro título (1999, 2009 e 2010), a equipe paulistana sofreu apenas três derrotas em todo o Paulista – uma na primeira fase, na semifinal contra o Sollys/Osasco e para o Vôlei Futuro na série melhor de três da final.

E na tensa decisão, as duas equipes colocaram em quadra suas estrelas. O Pinheiros demorou a entrar no jogo. Com problemas na recepção e defesa, a equipe da capital logo viu o Vôlei Futuro abrir vantagem em boa passagem pelo saque de Paula Pequeno (8-4). O placar foi mantido por pouco tempo. O técnico Paulo Coco colocou suas jogadoras na partida e as anfitriãs voltaram melhor após a primeira parada técnica.

A diferença foi tirada aos poucos até o Pinheiros virar e chegar ao segundo tempo obrigatório na frente em linda bola deixada de costas pela levantadora Fabíola (16-15). Em menor número, mas mais barulhenta, a torcida do Vôlei Futuro gritou, cantou, incentivou. Mas em quadra, a equipe de Araçatuba caiu tecnicamente e até na vibração. O resultado foi 25-20 para as donas da casa.

As visitantes voltaram com postura diferente. No primeiro ataque – em bola de fundo de Paula –, as jogadoras vibraram muito. A norte-americana Glass chamou o que tinha de melhor e o Vôlei Futuro fez 8-6 após ataques pelo fundo, entrada e bolas de ‘china’ com Fabiana. Mas novamente a conversa de Paulo Coco surtiu efeito e o Pinheiros empatou.

E o cenário do primeiro set se repetiu. Em boa passagem de Lia pelo saque, as donas da casa abriram dois de vantagem. A torcida visitante tentou tirar a concentração da oposta, sem sucesso. Lia sacou em Neneca e obteve sucesso. O técnico William, então, colocou a vice-campeã mundial Joycinha em quadra para atuar na saída e deslocou Tandara para a função de ponteira na vaga de Neneca.

Mesmo com a alteração, o Vôlei Futuro viu o Pinheiros chegar ao segundo tempo técnico na frente (16-14). O bloqueio duplo ainda parou a atacante Lia e ficou tudo igual. Na sequência, a torcida de Araçatuba contestou muito uma bola anotada como fora pela arbitragem em saque das visitantes. Em quadra, as jogadoras evitaram o embate com o árbitro e trataram de jogar. Na bola, as donas da casa foram mais eficientes e fizeram, de novo, 25-20.

William recolocou Neneca em quadra, mas manteve a levantadora Ana Cristina no lugar de Glass. E deu certo. E foi com coadjuvantes em quadra que o Vôlei Futuro comandou boa parte do terceiro set. Mas o amargo roteiro se repetiu para a equipe de Araçatuba. Em erros de ataque de Paula Pequeno e Fabiana, na sequência, o Pinheiros assumiu o comando: 16-15.

Tandara teve a chance de recolocar o Vôlei Futuro na frente, mas mandou para fora a oportunidade. Na sequência, Paula Pequeno também teve e não desperdiçou: largou com categoria para fazer 20-19. E a vantagem só aumentou: 23-21. A nova igualdade deixou o jogo tenso. Ana Cristina encontrou em Fabiana a bola de segurança. Mas Ju Costa estava impossível e fechou em 27-25.