UOL Esporte Vôlei
 
09/12/2010 - 07h07

Algoz de supertimes, Pinheiros refuta favoritismo e mantém objetivo modesto

Roberta Nomura
Em São Paulo

O Pinheiros/Mackenzie conquistou o título paulista após superar dois supertimes. Na semifinal, eliminou o Sollys/Osasco. E a festa foi confirmada na noite de quarta-feira diante da atual sensação Vôlei Futuro. O triunfo no estadual, no entanto, em nada muda o planejamento na temporada. Algoz dos altos investimentos, a equipe refuta o rótulo de favorito na Superliga feminina e mantém objetivo modesto de chegar à semifinal.

“Acho que está bem claro que os favoritos são Vôlei Futuro, Osasco e Rio de Janeiro [Unilever], que têm a maioria das jogadoras da seleção brasileira e estrangeiras. A gente sabe que corre por fora, mas tem a força de um conjunto. E se jogar no limite, pode ganhar contra eles. Vamos tentar mais uma vez na Superliga”, afirmou o técnico Paulo Coco.

A seu favor, o time da capital paulista conta com o entrosamento – a equipe manteve a base da temporada passada e ainda contratou importantes reforços como a central Natália Martins.

Mesmo assim, os objetivos na Superliga seguem modestos. O exemplo está na temporada passada. O Pinheiros encerrou longa hegemonia do Osasco no estadual, mas terminou a competição nacional na quarta colocação. “A gente sabe que para ganhar delas tem sempre que fazer a mais. Mas a gente vai em busca de cada vitória. Quem sabe chegar entre os quatro e disputar o título”, afirmou Fabíola.

A levantadora, aliás, é uma das estrelas do Pinheiros. Vice-campeã mundial com a seleção brasileira, ela comanda o time ‘coadjuvante’ dentro de quadra. Ju Costa e Lia se destacaram nas últimas Superligas. A central Natália Martins, que defendia o São Caetano, soma algumas convocações para a seleção brasileira.

Mas não se compara com os estrelados elencos rivais. O atual campeão Osasco conta com seis jogadoras da seleção brasileira (Jaqueline, Natália, Thaísa, Sassá, Adenízia e Camila Brait), além da campeã olímpica Carol Albuquerque. A Unilever perdeu importantes jogadoras, mas se reforçou com as selecionáveis Mari e Sheilla, além de Valeskinha. O time ainda conta com Carol Gattaz, Dani Lins e Fabi.

O Vôlei Futuro tirou Fabiana e Joycinha da Unilever, repatriou Paula Pequeno e ainda trouxe as norte-americanas Glass e Sykora (eleita a melhor líbero do último Mundial). “A gente vem demonstrando que pode, mesmo sem as estrelas, mesmo sem investimentos milionários, jogar de igual para igual com estas equipes e até vencê-las”, falou Paulo Coco.

“O título impõe o respeito que muitas pessoas não tinham até o momento. A gente ouviu muita coisa e leu muita coisa e isso não nos afetou. Agora, as pessoas vão olhar para a equipe como campeã”, disse Natália Martins. O Pinheiros estreia na Superliga às 18h (de Brasília) de sábado contra o São Caetano.

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