UOL Esporte Vôlei
 
09/12/2010 - 13h54

Osasco admite rivalidade de seleção e carga de revanche no Mundial de Clubes

Roberta Nomura
Em São Paulo
  • Thaísa, Jaqueline, Camila Brait, Natália, Sassá, Adenízia e Carol apresentam uniforme do Mundial

    Thaísa, Jaqueline, Camila Brait, Natália, Sassá, Adenízia e Carol apresentam uniforme do Mundial

O Sollys/Osasco será o representante sul-americano no Mundial feminino de Clubes, que retorna ao calendário do voleibol após 16 anos. E a equipe brasileira já divide as atenções entre a Superliga feminina e o torneio que será disputado em Doha, no Qatar, entre os dias 15 e 21. Nesta quinta-feira, as principais jogadoras do time concederam entrevista coletiva e fugiram do discurso pronto. Com base em selecionáveis, o clube paulista admitiu que colocará em quadra a rivalidade existente entre seleções e certa carga de revanchismo.

“Muitas jogadoras disputaram o Mundial no Japão por suas seleções. E não tem como não trazer a rivalidade até porque não faz nem um mês que foi a competição acabou”, afirmou o técnico Luizomar de Moura, que conta com seis atletas que estiveram na campanha do vice-campeonato da seleção brasileira.

As ponteiras Jaqueline e Sassá, a oposta Natália (que na equipe verde-amarela joga na entrada de rede), as centrais Thaísa e Adenízia e a líbero Camila Brait defenderam a seleção no Mundial do Japão, encerrado no dia 14 de novembro com o título russo. Os principais rivais brasileiros no torneio de clubes também concentram selecionáveis em seus elencos.

O Fenerbahce tem duas jogadoras da própria seleção turca: Naz Aydemar e Eda Erdem. A central Fürst, uma das principais estrelas da Alemanha, também defende as cores do clube, além da ponteira russa Sokolova. E foi justamente a campeã mundial a rival mais lembrada pelas brasileiras.

“Quando encontrar a Sokolova vai ter um gostinho de revanche, até porque ela foi uma das principais jogadoras da Rússia na final”, disse Natália. “O esporte é feito disso. Queira ou não, a gente vai lembrar das bolas que a Sokolova bateu, das bolas que a Fofão levantou quando jogava no São Caetano. Trazer rivalidades antigas dá mais motivação para a equipe”, concordou Adenízia.

Ícone brasileiro na conquista do ouro olímpico, a levantadora Fofão também é reforço do Fenerbahce, comandado pelo técnico José Roberto Guimarães. E não é só o time turco que desperta sentimento de rivalidade nas representantes sul-americanas. O Bergamo conta com cinco jogadoras da seleção italiana, uma delas foi cortada por problemas de saúde.

Considerada a melhor levantadora do mundo, Lo Bianco está fora do Mundial. A camisa 14 passou por cirurgia de retirada de nódulo no seio e é desfalque. Mesmo assim, o time italiano terá a disposição as selecionáveis Ortolani, Bosetti, Piccinini e Arrighetti.

“Vamos ver mais na hora que chegar na quadra e ver as jogadoras. A gente vai pensar: ‘vou te pegar, te bloquear’. Mas é uma coisa saudável. Rivalidade que é até bom para motivar durante o jogo”, falou a central Thaísa. Em sintonia, a equipe adotou discurso ensaiado para transformar o revanchismo em motivação extra contra as rivais mundiais.

“Ter a oportunidade de encontrar o adversário de novo e tentar fazer um resultado diferente, isso traz uma motivação a mais para a gente que estava na seleção”, explicou Sassá. “A busca pelo título vai ser muito maior até para suprir a perda do campeonato mundial com a seleção”, concordou Jaqueline.

O Osasco estreia no Mundial de Clubes na próxima quarta-feira, às 12h (de Brasília), contra o tailandês Federbrau. No dia seguinte, as comandadas de Luizomar de Moura encaram o turco Fenerbahce, de Zé Roberto.

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