UOL Esporte Vôlei
 
13/12/2010 - 07h07

Crianças na edição-1994, brasileiras viram protagonistas no Mundial-2010

Roberta Nomura
Em São Paulo

O Mundial feminino de clubes teve apenas três edições em sua história. Foram 16 anos de ausência até a FIVB (Federação Internacional de Voleibol) recolocar o torneio no calendário nesta temporada. Com a longa interrupção, a maioria das jogadoras do Sollys/Osasco, atual representante sul-americano, não tinha nem dez anos na ocasião. Muitas das que curtiam a infância, não sonhavam com profissões e sequer praticavam o esporte, agora, serão protagonistas em quadra pelo time brasileiro.

ATUAIS TITULARES DO OSASCO EM 1994

JOGADORA O QUE FAZIA EM 1994

Carol Albuquerque
(levantadora)
"Eu estava chegando em São Paulo, começando a me profissionalizar. Nem acompanhava direito ainda. Tinha 17 anos. Mesmo com tanto tempo sem, estou muito motivada, porque é um dos poucos títulos que eu não tenho"

Natália
(oposta)
"Não sabia nem o que era vôlei. Brincava de boneca e chutava bola na rua. Faz muito tempo. Espero trazer mais este título para a Nestlé. Com cinco anos, eu não tinha noção. Agora com 21, espero ajudar a conquistar o título"

Jaqueline
(ponteira)
"Tinha uns 11 anos. Nem pensava em jogar vôlei. Meu objetivo era outro. Na época eu queria ser aeromoça. Em 1997 aí sim, comecei a jogar e pensar"

Sassá
(ponteira)
"Não gostava de vôlei, de acompanhar. Não tinha um ídolo no vôlei. Gostava de jogar na rua com a criançada. Mas comecei a acompanhar mesmo quando passei a disputar campeonatos, que foi em 1998"

Thaísa
(central)
"Tinha sete, comecei a jogar com 14 anos. É super importante. Para a Nestlé mais ainda, porque entraram o ano passado e vem esse campeonato"

Adenízia
(central)
"Tinha oito anos e nem passava pela minha cabeça. Com essa idade ainda não tinha uma profissão na minha cabeça. Eu gostava de animais e gostava de ser livre"

Camila Brait
(líbero)
"Eu tinha só seis anos e morava em Uberlândia ainda. Nem pensava em jogar vôlei. Nem sabia quem eu era"

Das 17 jogadoras inscritas pelo técnico Luizomar de Moura, somente sete tinham mais do que dez anos em 1994. Mais experiente do elenco, a levantadora Carol Albuquerque é uma das poucas que relembram com precisão fatos da época. “Eu estava chegando em São Paulo, começando a me profissionalizar. Nem acompanhava direito ainda. Tinha 17 anos. Mesmo com tanto tempo sem, estou muito motivada, porque é um dos poucos títulos que eu não tenho”, falou.

A jogadora mais jovem entre as inscritas é Samara. A ponteira, aliás, nasceu no ano em que foi disputada a segunda edição do Mundial de clubes (1992). Na ocasião, o Messaggero Ravenna ficou com o título em disputa na Itália. E o torneio ficou, inclusive, com ‘status’ de caseiro. Agora, a sequência de anfitriões campeões será interrompida, já que a competição será disputada no Qatar e não há representantes do país entre os seis participantes.

Na primeira edição, em 1991, o time da Sadia conquistou o título em torneio disputado em São Paulo. No ano seguinte, o Ravenna triunfou. Em 1994, foi o Leite Moça que subiu ao lugar mais alto do pódio também na capital paulista. Naquele ano, boa parte do atual elenco do Osasco nem sonhava em jogar vôlei.

"Não gostava de vôlei, de acompanhar. Não tinha um ídolo no vôlei. Gostava de jogar na rua com a criançada. Mas comecei a acompanhar mesmo quando passei a disputar campeonatos, que foi em 1998”, contou Sassá, que tinha 12 anos na época.

Uma das mais jovens do elenco, a oposta Natália tinha apenas cinco anos. “Não sabia nem o que era vôlei. Brincava de boneca e chutava bola na rua. Faz muito tempo. Espero trazer mais este título para a Nestlé. Com cinco anos, eu não tinha noção. Agora com 21, espero ajudar a conquistar o título”, afirmou.

E, de fato, a Nestlé tem a possibilidade de faturar o bicampeonato. Dona da marca Leite Moça, a empresa viu sua equipe erguer o troféu em 1994 e, agora, terá o Sollys/Osasco na defesa do título. A equipe brasileira estreia na competição na quarta-feira, às 12h (horário de Brasília), contra o tailandês Fernerbrau.

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