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Com chance 'inédita', Osasco tenta manter Brasil no topo no Mundial de clubes

Osasco usará uniforme novo no Mundial de clubes, que começa nesta quarta - Fabio Rubinato/Divulgação
Osasco usará uniforme novo no Mundial de clubes, que começa nesta quarta Imagem: Fabio Rubinato/Divulgação

Roberta Nomura

Em São Paulo

14/12/2010 17h07

O Mundial feminino de clubes está de volta ao calendário do voleibol após 16 anos. Mas isso não significa que o torneio terá continuidade na próxima temporada. Com a efemeridade, o Sollys/Osasco encara a participação como uma oportunidade única de fazer história. E o representante sul-americano inicia nesta quarta-feira a briga pelo título para manter a tradição brasileira na competição: são dois títulos em três edições.

ARMAS PARA OSASCO SURPREENDER

Natália atuando de oposta
"Pode ser um diferencial. Ela sempre jogou passando. Ela amadureceu bastante, fez um grande Mundial como ponteira. Mas ela jogando solta e com a grande linha de passe que temos, tem muita vantagem em atacar com mais tranquilidade", opinou o técnico Luizomar de Moura.
Reservas da seleção e titulares no Osasco
"Podemos surpreender. Eles não conhecem a Adenízia e a Brait. Quando eu voltei, falei para o Luiozmar: ‘eu sou um leão que estava preso há seis meses’. E agora me soltaram, quero mais é jogar", disse Adenízia.

Campeão da Superliga e do Sul-Americano, o Osasco será o único representante do Brasil. Na disputa masculina, a Cimed fracassou no torneio continental, ficou de fora do Mundial de clubes e o país terá as cores defendidas somente em atuações individuais: o tricampeão mundial Dante atua no Dínamo de Moscou e o ponteiro João Paulo Bravo e o central Riad estão inscritos pelo Trentino.

Entre os homens, esta é a segunda edição consecutiva do Mundial. Mas o torneio feminino ainda não tem garantias de continuidade. E é justamente neste ‘ineditismo’ que o Osasco tenta tirar ainda mais motivação para manter o Brasil no topo. “Estou muito motivada. É um dos poucos títulos que eu não tenho. E a gente não sabe se vai ter outro no ano que vem. Nós não vamos lá para participar, a gente vai para ganhar o título”, disse a capitã Carol Albuquerque.

O Osasco também atribui caráter quase inédito ao torneio pela dificuldade para chegar ao Mundial. "Por ser um campeonato mundial, já é uma motivação grande. E tem essa oportunidade de jogar, porque não sabemos se vai ter algum próximo e se estaremos lá. Porque tem que ser campeão brasileiro e ganhar o Sul-Americano para então jogar. É uma oportunidade quase única”, explicou a oposta Natália.

Uma das principais equipes do Brasil, o Osasco aponta pequena mudança da equipe no status que entrará no Mundial de clubes. O time mais temido é o Fenerbahce. O clube turco, que integra o mesmo grupo A das brasileiras, é comandado pelo técnico da seleção brasileira José Roberto Guimarães. O time ainda conta com a levantadora Fofão e estrangeiras famosas como a russa Sokolova e a alemã Fürst.

“Elas têm praticamente uma seleção mundial”, disse Sassá. Mas o Osasco também entrará com status de favorito principalmente por contar com seis jogadoras da atual seleção brasileira que ficou com o vice-campeonato mundial no Japão: Natália, Jaqueline, Sassá, Thaísa, Adenízia e Camila Brait. Das titulares, somente a levantadora Carol Albuquerque (campeã olímpica na reserva de Fofão) não defende mais o time nacional.

O Bergamo terá quatro integrantes da seleção italiana no Mundial. A equipe vai desfalcada da levantadora Lo Bianco, que se recupera de cirurgia de retirada de nódulo no seio. E justamente por ter tantas estrelas internacionais, o técnico Luizomar de Moura apontou para o sacrifício das jogadoras.

“Nenhuma das equipes deve estar na plenitude de sua forma. O diferencial vai ser a vontade e a motivação de vencer o título que é importante para a carreira de qualquer um que estará lá”, afirmou o técnico, que faz recuperação física das atletas desde o retorno da seleção brasileira.

Para repetir os feitos de Sadia e Leite Moça, campeões em 1991 e 1994, respectivamente, o Osasco inicia a disputa do Mundial de clubes nesta quarta-feira, às 12h (horário de Brasília), contra o tailandês Federbrau. No dia seguinte, o adversário do time brasileiro é o Fenerbahce, da Turquia, às 14h (também de Brasília).

CONFIRA A TABELA DO MUNDIAL FEMININO

 GRUPO AGRUPO B
Quarta-feira
(15/12)
12h - Federbrau x Osasco5h - Kenya Prisons x Mirador
Quinta-feira
(16/12)
14h - Fenerbahce x Osasco5h - Bergamo x Mirador
Sexta-feira
(17/12)
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12h - Bergamo x Kenya Prisons
Domingo
(19/12)
5h - Fenerbahce x Federbrau
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