Paula Pequeno reencontra Osasco, e Vôlei Futuro perde 2ª seguida na Superliga

Paula Pequeno defendeu o Osasco por dez anos e criou uma forte identificação com o clube e com a torcida. Na noite desta sexta-feira, ela teve a primeira experiência de jogar contra a ex-equipe. No reencontro, as ex-companheiras da ponteira levaram a melhor e o Sollys/Osasco venceu o Vôlei Futuro por 3 a 0 (25-19, 26-24 e 25-21) pela sétima rodada da Superliga feminina. O time de Araçatuba, que entrou invicto em 2011, soma agora a segunda derrota seguida.

Com a base campeã mantida, o Osasco ostenta uma das melhores campanhas da Superliga. A sexta vitória colocou a equipe de Luizomar de Moura na liderança ao lado do maior rival Unilever. As duas equipes têm campanhas idênticas e se igualam até no critério de desempate, o set average (divisão das parciais ganhas pelas cedidas).

Vice-campeão paulista, o Vôlei Futuro amarga a segunda derrota consecutiva por 3 a 0. Nesta semana, foi derrotado pelo mesmo placar pelo Pinheiros, em reedição da final estadual. As comandas de William somam os mesmos 12 pontos de Unilever e Osasco, mas com um jogo a mais do que os rivais.

Além do reencontro Paula Pequeno e Osasco, o duelo tinha como atrativo dez selecionáveis em quadra – nove integrantes da seleção brasileira e a líbero norte-americana Stacy Sykora. O time laranja conta com as centrais Thaísa e Adenízia, as ponteiras Jaqueline e Sassá, a oposta Natália e a líbero Camila Brait.

O Vôlei Futuro teve em quadra as selecionáveis Paula Pequeno (ponteira), Fabiana (central) e Joycinha (oposta), além de Sykora. O time de Araçatuba ainda jogou desfalcado da também norte-americana Glass. A levantadora quebrou um dedo da mão direta e não tem previsão de volta. A oposta Tandara também não atuou por conta de uma entorse no tornozelo esquerdo. E o primeiro duelo entre as equipes com força máxima foi adiado.

Mesmo sem duas importantes jogadoras, o Vôlei Futuro conseguiu equilibrar a partida apesar de ter perdido por 3 a 0. O Osasco abriu sua primeira boa vantagem logo no início do jogo (6-4). O placar foi ficando cada vez mais elástico e as atuais campeãs da Superliga chegaram ao segundo tempo técnico na frente (16-12).

No entanto, a campeã olímpica Fabiana teve boa passagem pelo saque e diminuiu o placar (17-15). Mas o Osasco voltou a se impor e fechou o primeiro set em 25-19, após 29 minutos, em erro de saque das donas da casa. O Vôlei Futuro voltou melhor para a parcial seguinte.

O segundo período foi o mais equilibrado. As duas equipes foram confirmando seus pontos e não permitiam que o rival se distanciasse no marcador. Em entrevista do UOL Esporte, Paula Pequeno falou que não seria difícil enfrentar o ex-clube. Disse que o carinho permanece, mas dentro de quadra defende as cores do Vôlei Futuro com afinco.

E foi isso que se viu em quadra. Um bom exemplo da motivação da ponteira foi visto no oitavo ponto das anfitriãs. Após defesas complicadas de suas companheiras, Paula Pequeno finalizou o ponto (8-8) e correu pela quadra para comemorar. O Osasco errou mais – seis pontos cedidos contra quatro das adversárias –, mas o Vôlei Futuro não soube aproveitar e acabou derrotado por 26-24.

O time de Araçatuba jogava, então, a sobrevida na partida. E entrou melhor. Liderou a primeira metade do terceiro set, mas sofreu a virada (15-13). Mas em passagem de Paula Pequeno pelo saque, o Vôlei Futuro empatou (15-15), quando Carol Albuquerque forçou duas bolas seguidas com Adenízia, que vinha se destacando na partida.

Mas o Osasco mostrou mais bola. Abriu novamente vantagem para finalizar em 25-21. E no duelo das dez selecionáveis, foram as centrais que mais brilharam. Fabiana foi o destaque do Vôlei Futuro com dez pontos. Adenízia virou 14 bolas, terminou como a maior pontuadora do jogo e foi eleita a melhor do clássico.