Unilever brilha no bloqueio, vira sobre apático Osasco e fecha 1º turno invicta
O discurso é de maior equilíbrio da história da Superliga. Mas no torneio feminino, a Unilever mostrou que não tem para ninguém. As comandadas de Bernardinho terminaram o primeiro turno com o status de imbatível. Neste sábado, a equipe carioca enfrentou o maior rival Sollys/Osasco e obteve a 11ª vitória em 11 jogos disputados. Com bloqueio forte, o time do Rio de Janeiro virou para cima das apáticas paulistas para fazer 3 a 1 (23-25, 25-18, 25-19 e 25-15).
As duas equipes que decidiram as últimas seis edições da Superliga feminina duelaram no ginásio do Maracanãzinho, pela última rodada do primeiro turno. Invicta, a Unilever termina a metade inicial da fase classificatória como líder isolado. O Osasco ainda entra em quadra na terça-feira contra o Pinheiros/Mackenzie em jogo remarcado da 5ª rodada.
VOZ DO VENCEDOR
Começamos a partida errando muito, mas quando passamos a bloquear com eficiência tudo melhorou. A Sheilla foi brilhante como sempre, a Regiane e a Suelle jogaram com inteligência e a Juciely teve uma excelente atuação
Bernardinho, técnico da UnileverO esperado equilíbrio foi visto no primeiro set, mas o que se viu depois foi um passeio da Unilever. O Osasco entrou em quadra com a liderança nas estatísticas de saque, ataque e bloqueio. Mas encontrou do outro lado da rede a maior bloqueadora da história da Superliga: Valeskinha. E o paredão pesou em favor das anfitriãs.
Mas não foi a veterana Valeskinha que brilhou. Quem comandou o bloqueio da Unilever foi a central Juciely, autora de dez pontos no fundamento (24 ao todo na partida) e eleita a melhor jogadora do clássico. A equipe de Bernardinho marcou 21 pontos diretos de bloqueio e ainda conseguiu tocar em muitas bolas que geraram contra-ataques.
A primeira parcial contemplou os 7.500 presentes com um belo espetáculo. As duas equipes se alternaram no placar, proporcionaram belos ralis e fizeram um duelo bem brigado. O set foi definido nos detalhes e a Unilever cometeu mais erros do que o Osasco – 6 contra somente 3 das paulistas. E foi em um equívoco que o período foi encerrado em 25-23 para as visitantes: a arbitragem apontou dois toques da levantadora Dani Lins e acabou com a reação das anfitriãs.
Atual vice-campeã, a Unilever entrou bem no segundo set e teve o trabalho facilitado com o excessivo número de erros rival. Um dos destaques do Osasco, a campeã olímpica Jaqueline não fazia boa partida. O técnico Luizomar de Moura mudou e colocou a jovem Samara. As cariocas, que haviam deslanchado (10-4), viram a tentativa do Osasco em encostar no placar (13-10).
VOZ DO PERDEDOR
O time errou demais. Ficou nítido. A equipe ficou desconcentrada, não acreditou que poderia vencer. Sabia que tinha excelentes jogadoras do lado de lá e que não ia ser fácil
Adenízia, central do OsascoMas a vontade de equilibrar a parcial esbarrou nos erros – sete pontos cedidos contra apenas três da Unilever. E ficou fácil para as anfitriãs empatarem ao fechar em 25-18. O Osasco sentiu a derrota no segundo set, caiu de produção e estava apático – bem distante do que pode render.
A Unilever soube aproveitar a instabilidade rival para passear. O bloqueio comandou a vitória no terceiro set: foram sete pontos. O duelo ainda teve bons ralis, mas o Osasco esteve longe de fazer sua melhor partida e levou a virada: 25-19. E no duelo entre as duas principais opostas da Superliga, Sheilla mostrou que é craque.
Com 23 pontos, a titular da seleção foi a segunda maior pontuadora do jogo, atrás apenas da destacada Juciely. Do outro lado, Natália virou 20 bolas e foi o principal nome do Osasco, mas não conseguiu evitar a derrota sacramentada após o revés por 25-15 na quarta parcial.
“Não conseguimos manter a virada de bola. Este é um jogo extremamente estudado e não se pode errar tanto. A gente também não arriscou tudo o que deveria, porque em partidas assim, você precisa correr alguns riscos”, analisou o técnico Luizomar de Moura em entrevista ao canal Sportv.
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