'Rivaldo do vôlei', Montanaro vê vaga e queda de seus times em duelo direto
José Montanaro Junior projetou a decisão de seus sonhos da Superliga masculina de vôlei. O duelo até aconteceu, mas antes do que ele gostaria: nas quartas de final. Presidente licenciado do Medley/Campinas e gestor de vôlei do Sesi-São Paulo, o cartola vive situação semelhante a de Rivaldo no futebol e viu a classificação e a queda de ‘seus’ times em confronto direto na noite de quinta-feira.
O Sesi venceu o Campinas e encerrou a série melhor de três das quartas de final em 2 a 0. A classificação inédita do time da capital para a semifinal da Superliga ocorreu exatamente um ano após Montanaro ser oficialmente apresentado pelo clube. E o resultado agradou ao dirigente.
SESI E MINAS AVANÇAM PARA AS SEMIFINAIS DA SUPERLIGA MASCULINA
Melhor da fase classificatória, o Sesi confirmou sua força também nos playoffs da Superliga. O time da Capital paulista ignorou a pressão da torcida, venceu o Campinas fora de casa por 3 sets a 0, com parciais de 25-17, 26-24 e 26-24, fechou a série melhor de três jogos por 2 a 0 e avançou pela primeira vez na história para a semifinal da competição nacional. O adversário do Sesi nas semifinais será o Minas. Em um jogo emocionante e decidido apenas no tie-break, o time de Belo Horizonte superou o Montes Claros, atual vice-campeão, por 3 sets a 2, com parciais de 32-30, 24-26, 25-20, 22-25 e 15-12. Leia mais |
“Sou presidente licenciado do Campinas. Lá quem manda é o vice. Em quadra, sou 100% Sesi”, disse Montanaro ao UOL Esporte. Mesmo com a ligação afetiva, o ex-jogador faz questão de negar conflito de interesses e compara com o futebol. “É como o Rivaldo. Ele não é presidente licenciado do Mogi Mirim e atleta do São Paulo? Não vejo problema algum e nada conflitante. É legal e algo transparente”, explicou.
Montanaro era presidente do Brasil Vôlei Clube, equipe com sede em São Bernardo que iria acabar após a saída do patrocinador. Antes mesmo do clube conseguir o apoio da Medley e mudar para Campinas, o vice-campeão olímpico em Los Angeles-1984 já estava fora do cargo. E o motivo do licenciamento era justamente a ida para o Sesi.
“Ficou o carinho, claro. Achei maravilhoso o clube classificar para os playoffs no primeiro ano do projeto em Campinas. Eu queria que esse encontro fosse na final, mas não deu”, revelou. Com a vaga do Sesi garantida, a torcida de Montanaro era para o Montes Claros avançar. Mas os atuais vice-campeões acabaram eliminados pelo Vivo/Minas também em 2 a 0 na série melhor de três.
“Sou padrinho do Montes Claros. Eu ajudei a montar o clube. Aconselhei na parte financeira, estrutural e contábil. Também fiz isso com o Vitória (ES). É importante essa troca para o crescimento da modalidade”, analisou Montanaro. Agora, o ex-jogador não terá envolvimento emocional com nenhum adversário do Sesi.
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