Eike Batista funda time de vôlei, contrata Dante e deve investir R$ 13 milhões
Oitavo homem mais rico do mundo no ranking da revista Forbes, o empresário Eike Batista anunciou que vai investir pela primeira vez em um time. Com uma fortuna avaliada em US$ 30 bilhões, o empresário gastará cerca de R$ 13 milhões em uma equipe masculina de vôlei, o RJX.
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O ponta campeão olímpico e mundial Dante, que jogava no Dínamo de Moscou, é o primeiro contratado. O meio de rede Rodrigão, do Ziraat Bankasia, da Turquia, está na mira do empresário. O levantador Bruno e o líbero Alan também interessam ao novo time.
"Vamos patrocinar iniciativas voltadas à prática do voleibol no Estado do Rio. O patrocínio prevê a criação, a partir de abril, de um time de vôlei masculino estadual, o RJX, a formação de jovens jogadores e a ampliação da Escola de Vôlei Bernardinho em comunidades ocupadas pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs)", escreveu o empresário em seu site.
O futebol continua fora dos planos. Torcedor do Botafogo, o empresário nunca investiu oficialmente no futebol do clube. Botafoguenses fazem campanha em redes sociais para Eike ajudar financeiramente o time.
O RJX treinará e jogará no Maracanãzinho, que será palco das competições de vôlei na Olimpíada de 2016. No comando do projeto estão Radamés Lattari, ex-técnico da seleção, e José Inácio Sales Neto, preparador físico da seleção masculina, treinada por Bernardinho. Não foram anunciados os cargos que ocuparão no novo time.
Lattari e José Inácio foram indicados por Bernardinho, que também treina o time feminino de vôlei do Rio. Em nota, o técnico campeão olímpico e mundial disse que participou "da elaboração do projeto como consultor voluntário" e negou relação com o time de Eike.
"Por ser o treinador da equipe Unilever [Rio] e pelo conflito de interesses que existiria por ser o treinador da seleção brasileira masculina de vôlei, não terei nenhum envolvimento com a equipe RJX", afirmou.
Consultor do projeto patrocinado por Eike, Bernardinho foi um dos principais responsáveis pelo retorno do Rio de Janeiro à elite, no vôlei feminino. Em 2004, ele se mudou com o Rexona de Curitiba para a capital fluminense. Naquele ano, com Fernanda Venturini na equipe, o Estado voltou a figurar como favorito à Superliga nacional pela primeira vez desde 2000/2001.
Parceria
Em novembro, o grupo EBX, de Eike, associou-se à IMG Worldwide, empresa global de esportes e entretenimento, com o intuito de desenvolver negócios no Brasil. Cada um terá participação de 50% no novo empreendimento, cujo nome é IMX.
As empresas do grupo IMG atuam nas áreas de marketing, licenciamento e direitos de mídia, produção e distribuição independente de programação esportiva e promoção e organização de eventos de esporte e moda.
Entre seus clientes estão o torneio de tênis de Wimbledon e a Premier League, a primeira divisão inglesa. O grupo pretende investir na construção de arenas multiuso no Brasil voltadas para eventos esportivos e de entretenimento.
Mecenas
Eike foi mecenas da campanha olímpica vitoriosa do Rio. Doou R$ 23 milhões para a candidatura brasileira a 2016.
O empresário patrocina três atletas do vôlei de praia (a dupla Maria Clara e Carolina, além de Pedro Solberg) e o piloto de automobilismo Pedro Nunes. Eike investe ainda na revitalização da Marina da Glória, que deve abrigar a vela em 2016.
Apelo
Ao investir em um time de elite, o bilionário pode se tornar alvo de outros atletas à procura de apoio. Nesta segunda-feira, no Twitter, o jogador Harley, do vôlei de praia, anunciou a perda de patrocínio do Banco do Brasil e recebeu a sugestão de apelar a Eike. "Quem sabe ele não quer um campeão mundial e melhor do mundo", escreveu o atleta.
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