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Cruzeiro bate o Vôlei Futuro e vai à final; Michael volta a sofrer com a torcida

Jogadores do Sada Cruzeiro vibram com ponto na partida contra o Vôlei Futuro - GUSTAVO ANDRADE/O TEMPO/AE
Jogadores do Sada Cruzeiro vibram com ponto na partida contra o Vôlei Futuro Imagem: GUSTAVO ANDRADE/O TEMPO/AE

Bernardo Lacerda e Guyane Araújo

Em Contagem (MG)

15/04/2011 22h00

Na esperada volta de Sada Cruzeiro e Vôlei Futuro a Contagem, a equipe mineira levou a melhor e conquistou a vaga para a final da Superliga. Nesta sexta-feira, o Cruzeiro precisou de três sets (25-22, 25-23 e 25-20) para se garantir na decisão, contra o Sesi, em mais um confronto marcado pelas reações da torcida, a favor e contra Michael.

A primeira partida da série em melhor de três jogos da semifinal, em Contagem, teve polêmica envolvendo o nome de Michael, em comportamento homofóbico da torcida local. O jogador voltou a ser provocado pelos torcedores do Cruzeiro.

Se alguns cartazes pediam desculpas pelo comportamento anterior, no momento em que a bola rolou, a torcida do Cruzeiro foi irônica em relação ao jogador, gritando “Richarlyson”. O volante do Atlético-MG enfrentou problemas na época em que jogava pelo São Paulo, quando a torcida rival entoava gritos homofóbicos contra ele. Além disso, o rival Atlético também foi lembrado: “doutor eu não me engano, o Michael é atleticano”, soltava a torcida.

Em quadra, as equipes fizeram uma partida disputada e com placar apertado, apesar de o Cruzeiro ter fechado em três sets. O Vôlei Futuro errou mais e sofreu com o ataque de jogadores como Douglas, do Cruzeiro, não conseguindo se manter na frente no placar.

O time de Araçatuba teve como melhor momento o segundo set, mas perdeu rendimento na hora de fechar. O Cruzeiro, por outro lado, foi mais regular nos fundamentos e errou menos, ficando a maior parte do confronto com ligeira vantagem no placar.

Com o resultado desta sexta-feira, o Sada Cruzeiro fará sua primeira final de Superliga contra o Sesi, que conquistou a classificação à final da Superliga ao bater na semifinal o Minas, por 2 a 1.

O jogo

A partida começou com os donos da casa conseguindo uma leve superioridade. O Cruzeiro iniciou na frente e teve constante uma distância de cerca de dois pontos, mostrando equilíbrio, como se viu na segunda partida, em Araçatuba. Douglas foi responsável por fechar, em uma bola de cheque, quando a recepção do time paulista falhou: 25-22.

AJUDINHA DOS BOLEIROS

Além da torcida que lotou o ginásio, o Cruzeiro contou com alguns fãs diferentes do habitual. Jogadores do time de futebol do clube compareceram ao ginásio em Contagem. Estiveram no ginásio nomes como o goleiro Fábio, o goleiro reserva Rafael e o volante Henrique, entre outros.

A equipe mineira mostrou um bom aproveitamento no ataque na primeira parcial, mas também contou com muitos erros do Vôlei Futuro, que cedeu 11 pontos, contra cinco do time da casa.

O Vôlei Futuro voltou mais concentrado e passou a melhorar sua defesa. Com direito a bloqueio do levantador Ricardinho, a equipe igualou o placar em 6 a 6 e, com o mesmo fundamento, passou adiante no marcador, com destaque para a atuação de Dentinho.

Na decisão de quem iria para o segundo tempo técnico na frente, Dentinho fez o ponto e manteve a equipe paulista em pequena vantagem, com 16-15. A situação se reverteu quando Ricardinho errou uma tentativa de ponto em bola de segunda. À frente, o time mineiro conservou a vantagem e abriu 2 a 0, em um ponto que acabou paralisado quando, após defesa do Vôlei Futuro em ataque de Wallace, a bola bateu no teto.

A reação que o time de Araçatuba tentou no segundo set não apareceu em nova tentativa no terceiro. Mais semelhante à primeira parcial, a última da partida teve o Cruzeiro controlando bem a partida e mantendo uma vantagem segura para fechar o confronto de semifinal.