Michael evita torcida do Cruzeiro no aquecimento em quadra do Vôlei Futuro
Denominado como o “jogo contra a homofobia”, o terceiro jogo da semifinal da Superliga Masculina de vôlei, nesta sexta-feira, em Contagem, entre Sada Cruzeiro e Vôlei Futuro teve campanha contra a discriminação. Porém, a ausência ficou por conta do meio de rede Michael, alvo de toda a polêmica nos dois primeiros jogos, que só participou da parte final do aquecimento em quadra.
Os jogadores do Vôlei Futuro subiram para a quadra por volta de 19h30. Porém, o meio de rede, ficou pelos vestiários, adiando assim o encontro com a torcida do Cruzeiro, que pegou no seu pé no primeiro jogo da semifinal, no mesmo ginásio.
Michael apareceu apenas no final do alongamento e a torcida do Cruzeiro não se manifestou na entrada em quadra do jogador, que foi xingado na primeira partida da semifinal.
Segundo integrantes do Vôlei Futuro, o jogador não evitou a torcida e apenas demorou um pouco mais no vestiário, se aprontando para a partida.
A partida desta sexta-feira teve atenção especial do Sada Cruzeiro com o problema que ocorreu na primeira partida. A fim de conscientizar o torcedor, o clube, mandante da partida, espalhou faixas do lado de dentro e fora do ginásio, combatendo a homofobia, assunto que gerou polêmica nos outros dois jogos da semifinal da competição.
“Contagem contra a homofobia” e “jogo contra a homofobia”, foram espalhados através de faixas pelo ginásio . Na torcida do Cruzeiro, os torcedores estenderam a bandeira arco-iris, característico do movimento GLBT.
Apesar de toda a preocupação, o encontro de Michael com o torcedor foi adiado um pouco. O jogador fez parte do aquecimento nos vestiários do ginásio. Já o restante dos jogadores do time de São Paulo foram a quadra normalmente.
O caso teve início na primeira partida da semifinal, em 1 de abril, quando a torcida do Cruzeiro fez gritos homofóbicos contra Michael. O Vôlei Futuro saiu em defesa de seu jogador e uma troca de comunicados e críticas entre as equipes teve início. Michael chegou a confirmar ser homossexual, e o entrevero foi parar no STJD.
A decisão de multar em R$ 50 mil o time mineiro foi tomada na quarta-feira, em julgamento realizado na Confederação Brasileira de Vôlei. O clube poderia pagar até R$ 100 mil.
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