Vôlei Futuro sente efeitos do acidente e perde para o Osasco na Superliga

Oito dias após o acidente sofrido pelo Vôlei Futuro que adiou o início da série com o Sollys/Osasco, pela semifinal da Superliga feminina, o time de Araçatuba voltou à quadra. E as jogadoras pareceram ainda sentir os efeitos da capotagem do ônibus perto do ginásio. Sem conseguir equilibrar a partida, o time do Vôlei Futuro foi derrotado pelo Osasco por 3 sets a 0, com parciais de 25-23, 25-18 e 25-18.

O Vôlei Futuro jogou desfalcado da líbero Stacy, que não pode mais atuar nesta Superliga por conta do traumatismo crânio-encefálico que sofreu no tombamento do ônibus. A jogadora norte-americana, que deixou a UTI na terça-feira, foi homenageada em faixa e nas camisetas das companheiras.

De quebra, o time de Araçatuba também não contou com a oposta Joycinha, que ficou ferida no acidente e ainda exibia uma mancha roxa no olho esquerdo. Sem a jogadora da seleção, que entrou apenas duas vezes durante a partida e sequer pontuou, o técnico William teve que colocar Tandara na saída de rede e a 'baixinha' Elis em seu lugar, na ponta.

As outras atletas da equipe do interior também mostraram na pele os efeitos do acidente. Quase todas jogaram com hematomas no corpo. Além disso, as meninas do Vôlei Futuro sentiram o período que ficaram sem treinar por causa da recuperação após o tombamento do ônibus.

O Osasco começou a partida sofrendo com os ataques do time de Araçatuba, mas não tardou a encontrar seu jogo, com os ataques de Jaqueline e Natália funcionando, e o Vôlei Futuro errando mais do que poderia.

Com o resultado, o Sollys/Osasco comprovou o domínio sobre as rivais nesta Superliga, conquistando o terceiro triunfo em três partidas entre as duas equipes.

As equipes voltam a se enfrentar no sábado, às 10h (de Brasília), pelo segundo confronto da série em melhor de três partidas. Quem levar a melhor ao final do duelo vai pegar a Unilever, que já garantiu vaga na decisão.

O jogo

O Vôlei futuro abriu a partida sacando e logo mostrando poder no bloqueio, mas a equipe da casa se recuperou e passou à frente no placar. Com mais uma alternância na liderança, o time de Araçatuba se recuperou e chegou ao primeiro técnico em vantagem, apostando bem nas jogadas de Paula Pequeno e forçando o Osasco a pedir um tempo com o placar em 12-9.

OPINIÃO DE BRUNO VOLOCH

"A compaixão tem limite. Terminou quando Ana Cristina sacou e deu início a primeira partida da semifinal". Leia mais

A equipe da casa tentou uma reação na fase final do set, a partir de uma bola que sobrou livre para Thaísa cravar e acabou forçando o técnico rival William a pedir dois tempos, a fim de evitar a aproximação, mas sem sucesso. Com um bloqueio de Natália, o Sollys virou, com 22-21, e em seguida conseguiu fechar, em erro das adversárias.

A segunda parcial começou mais uma vez com o Osasco mostrando mais regularidade e também um pouco de sorte, com um ace em que a bola bateu na fita e caiu próxima à rede, sem chances de defesa para as oponentes.

Com boa atuação de Fabiana na rede, o Vôlei Futuro se manteve próximo no marcador, mas não foi o suficiente e o Osasco chegou ao segundo tempo técnico com vantagem de seis pontos, dificultando para as visitantes tentarem uma reação. O set acabou em 25-18.

Semelhante ao anterior, o terceiro set teve início com o Osasco dominando as ações e abrindo logo seis pontos de vantagem, em 6-4. O Vôlei Futuro ainda chegou a se aproximar, bloqueando bem, e encostou em 14 a 13. Mas o Osasco mostrou superioridade no momento de decidir e fechou o placar, para abrir 1 a 0 na semifinal.