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Unilever atropela o Osasco na final e recupera a hegemonia na Superliga feminina

Unilever superou sem maiores problemas as rivais do Osasco e ficou com o título - Luiz Doro/ adorofoto
Unilever superou sem maiores problemas as rivais do Osasco e ficou com o título Imagem: Luiz Doro/ adorofoto

Bernardo Lacerda e Guyanne Araújo

Em Belo Horizonte

30/04/2011 11h41

O Mineirinho recebeu as duas melhores equipes do vôlei feminino nacional. Pela sétima vez consecutiva Osasco e Unilever decidiram a Superliga e fizeram novamente um grande jogo. Após perder o título na última temporada, o time do Rio de Janeiro deu o troco, passou pelas rivais por 3 sets a 0, com parciais de 25-23, 30-28 e 25-19 e ficou com o título de campeão, pela sétima vez em sua história.

O clássico entre as maiores campeãs da competição não poderia ser de outra maneira, nervoso, equilibrado, com lindas jogadas, superação e muita reclamação. Oito campeãs olímpicas em quadra e Bernardinho no banco do time do Rio de Janeiro eram apenas mais algumas atrações que engrandeciam a final.

O equilíbrio permaneceu por todo o primeiro set. O nervosismo dos dois lados era evidente, causando muitos erros em quadra. Ponto a ponto as equipes disputavam o período inicial que teve a vitória por dois pontos do time comandado por Bernardinho.

Após sair na frente no placar, o time da Unilever se manteve novamente na liderança do marcador e parecia caminhar tranquilo para a confirmação do 2 a 0. Mas o Osasco reagiu bem e buscou o empate em 22 a 22.

A torcida do Osasco não perdoou Luizomar na substituição da Jaqueline e entoou o coro de ‘burro’. Quando a ponteira voltou ao jogo, as arquibancadas do lado da equipe paulista comemoraram o retorno. E o time passou à frente no placar, com excelentes bolas de Sasá.

ANÁLISE DO BRUNO VOLOCH

Contra-ataque decidiu superliga; Rio ganhou em dois sets e com Sheilla inspirada

A Unilever do Rio não se abateu e continuou viva no set. Após lindos ralis, novamente o time de Bernardinho teve a chance de fechar o período. Com belo saque de Sheilla, as cariocas fizeram 30 a 28 e abriram 2 a 0.

A experiência de Sheilla foi preponderante para as vitórias iniciais do time do Rio de Janeiro. A oposta da Unilever foi a maior pontuadora nos dois primeiros sets, com 13 pontos marcados em cada.

O Osasco sentiu bastante e não conseguiu impor seu jogo no terceiro set. A Unilever se aproveitou e dominou as ações em quadra, arrasando as adversárias para confirmar a vitória por 3 a 0 e conquistar o título nacional.

Para o treinador da equipe do Osasco, Luziomar de Moura, sua equipe desperdiçou contra-ataques e oportunidades importantes contra um grande time que estava do outro lado. “Na final de um campeonato você não pode desperdiçar oportunidades”, lamentou. “Mas o vice-campeonato não pode ser menosprezado”, acrescentou.

“Os dois primeiros sets foram definidos em detalhes 25 a 23 e 30 a 28. Contra-ataques que poderia ter mudado, mas parabéns a equipe do Unilever e parabéns também a equipe do Sollys”, comentou.

Segundo Luziomar de Moura, a cada ano estar em uma final é sempre muito difícil. “Só perde a final quem a disputa. Acho que a equipe vem com um belo nível que é disputar todas as finais. Agora é analisar tudo o que aconteceu na temporada e seguir em frente”, alegou.

Para o treinador o fator determinante para a derrota do time foi o primeiro e segundo set, quando a equipe criou mais e pressionou o Unilever, mas não conseguiram os contra-ataques. “Isso com uma equipe que tem uma definidora como Sheilla é fundamental”, lamenta.

O QUE O UOL ESPORTE VIU NO MINEIRINHO NA DECISÃO DA SUPERLIGA

SHEILLA, A QUERIDINHA

Única jogadora mineira em quadra, a oposta da campeã Unilever do Rio de Janeiro ganhou um carinho especial dos torcedores dos dois times, que gritaram seu nome durante o jogo e a homenagearam com muitas faixas
PÚBLICO BOM NO MINEIRINHO

Sem contar com nenhuma equipe mineira na final, o ginásio teve a presença de 8.500 pessoas e recebeu um público maior que o esperado, que contou até mesmo com Sasha, a filha de Xuxa, na torcida
NATÁLIA NÃO DECIDIU

Ao contrário do ano passado, em que foi uma das principais atletas na final, desta vez ela sentiu a decisão. Errou muito nos 2º e 3º sets e ficou claramente abatida no jogo
JAQUELINE, A NERVOSINHA

A jogadora que mais reclamou da arbitragem, das companheiras de time, a cada ponto perdido, reclamou com as adversárias e por outro lado foi a quem mais comemorava, com gritos, pulos, se jogando no chão