Assustados, Alison e Emanuel admitem que não entenderam 'chuva de laranjas'
A dupla brasileira Alison e Emanuel reconheceu nesta quinta-feira que não entendeu na hora o protesto que torcedores italianos fizeram durante o Mundial de vôlei de praia, em Roma. Assustados com a “chuva de laranjas” que foi promovida na quadra, motivada pelo caso Cesare Battisti, os brasileiros só foram saber o real motivo do protesto após a partida.
"Foi um susto, estávamos voltando do tempo e vi alguns torcedores se levantando, achei até estranho, e aí eles começaram a jogar as laranjas. Não miraram na gente, porque, pela distância, se quisessem, teriam nos acertado. A intenção era chamar atenção”, contou Alison, que não se deu conta que era um protesto contra a libertação do ex-ativista político italiano pelo governo brasileiro.
“Não entendi nada na hora, depois do jogo que o Emanuel viu que havia uma faixa falando sobre o caso do Cesare Batistti”, lembrou o jogador, lamentando que a manifestação tenha acontecido durante um evento esportivo. “É uma questão política, internacional, uma pena que tenha acontecido no meio do esporte", comentou Alison.
Assim como o parceiro, Emanuel também não compreendeu o protesto de imediato. “Tentei entender, mas só no fim do jogo que soube que era um protesto em relação ao governo brasileiro”, afirmou o jogador, que ganhou uma homenagem da Federação Internacional de Vôlei (Fivb) em Roma, com uma estátua de quase cinco metros. “Ao menos foi um manifesto sem violência, foi algo inédito, nunca vi isso nas quadras, mas ficou marcado."
Pelo Mundial, além da vitória no jogo da “chuva de laranjas”, sobre a dupla dinamarquesa Soderberg/Hoye, Alison e Emanuel conquistaram mais um triunfo nesta quinta-feira. Com facilidade, eles passaram pelos ucranianos Babich/Ioisherpor 2 sets a 0, com um duplo 21-13, no último jogo antes da próxima fase.
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