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EUA, frases de efeito de Bernardinho e sono porto-riquenho marcam pós jogo

Técnicos e capitães cumprem protocolo e participam de coletiva de imprensa - Alexandre Arruda/CBV
Técnicos e capitães cumprem protocolo e participam de coletiva de imprensa Imagem: Alexandre Arruda/CBV

Roberta Nomura

Em São Paulo

18/06/2011 15h41

O Brasil venceu Porto Rico por 3 a 0 (25-20, 25-10 e 25-23) na manhã deste sábado no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Após o triunfo as palavras mais ouvidas na zona mista eram: irregularidade e constância. Mas foram comentários sobre a derrota dos Estados Unidos para a Polônia, as frases de efeito de Bernardinho e o ‘sono’ porto-riquenho que roubaram a cena e marcaram as entrevistas pós-jogo.

VEJA O QUE DISSERAM OS BRASILEIROS

"Conseguimos o placar elástico porque sacamos bem, o bloqueio tocou nas bolas e o contra-ataque funcionou. A irregularidade não é normal, mas acontece" - Murilo
"A inconstância acontece. Poderíamos ter atacado melhor. Mas do outro lado tinha um time bom e nós sabemos reconhecer os méritos deles também" - Giba
"Ainda estamos um pouco irregulares e isso é o que o Bernardinho mais está exigindo melhora. Vamos buscar isso no jogo de amanhã" - Lucão
"O excesso de vontade mexeu com o espírito do grupo. E isso gera um pouco de tensão. Depois da derrota, eles querem fazer uma grande atuação" - Bernardinho

O capitão de Porto Rico, Hector Soto, abriu a entrevista coletiva de uma forma, no mínimo, inusitada. “Esta é a primeira vez em muitos anos que jogamos às 10h e tivemos que nos adaptar”, disse. Contra o 'sono' porto-riquenho não há remédio. Mesmo sem estar habituada ao horário, a equipe terá que voltar à quadra do Ibirapuera contra o Brasil no domingo no mesmo horário.

As entrevistas brasileiras foram mais sérias. E como na véspera do duelo do Brasil, os Estados Unidos perderam para a Polônia. Os comandados de Bernardinho responderam à perguntas sobre os rivais. O 3 a 0 sofrido em casa deixou os campeões olímpicos distantes do time verde-amarelo, líder do grupo A. Mas quem disse que o revés norte-americano ecoou nos tricampeões mundiais? Os brasileiros foram unânimes ao responder que o placar de sexta não tinha interferência no jogo em São Paulo.

“Se os Estados Unidos tivessem vencido e a gente perdido aqui, não adiantaria nada. O foco é na gente, porque não tem nada garantido”, explicou o ponteiro Murilo. As respostas foram todas neste sentido e foi endossada pelo técnico Bernardinho. “Eu soube [da derrota norte-americana] no café da manhã. Quando está passando jogo na TV, prefiro ver o vôlei de praia e torcer pelos brasileiros”, revelou.

O treinador, aliás, deu longa entrevista coletiva e usou frases mais fortes. “Ter ganhado muito no passado, não nos garante nada no futuro” e “Eles são seres humanos e não máquinas. O ser humano tem a tendência natural ao relaxamento. Quem não gosta de relaxar? Mas temos que ficar permanentemente na zona do desconforto e não cair na armadilha da perda de foco” foram duas das respostas de Bernardinho.

O técnico ainda provocou risos nos jornalistas ao contar a opção por não utilizar João Paulo Tavares. Ele comentou que a intenção era essa, mas recuou e manteve Giba em quadra. “Não é por não confiar. Eu confio e muito nele [João Paulo Tavares]. Mas era colocar ele ali em uma situação complicada. Pensei: ‘quem sujou, que limpe’ e não mexi”, falou em entrevista coletiva.

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