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Brasil tem início apático, reage e escapa de derrota com mudanças de Bernardinho

Giba abraça Murilo após sair do banco na vitória de virada do Brasil sobre Cuba - Divulgação/FIVB
Giba abraça Murilo após sair do banco na vitória de virada do Brasil sobre Cuba Imagem: Divulgação/FIVB

Do UOL Esporte

Em São Paulo

06/07/2011 10h54

Campeã em oito das últimas dez edições da Liga Mundial, a seleção masculina de vôlei sofreu em sua estreia na fase final da competição, mas conseguiu a virada diante de Cuba usando a experiência do banco de reservas de Bernardinho para vencer por 3 sets a 2, com parciais de 18-25, 21-25, 25-16, 30-28 e 15-12 em Gdansk, na Polônia.

Após um início apático e com pouca vibração da equipe que teve como novidades na formação inicial Marlon e Leandro Vissotto, que voltou de lesão, só conseguiu entrar no jogo quando Bernardinho mudou e usou o banco com Giba, Sidão, Bruninho e Theo para se salvar de iniciar sem ponto no grupo F, o “grupo da morte” da fase final, que teve a Rússia vencendo os Estados Unidos por 3 sets a 1 para abrir três pontos.

O nervosismo no início custou caro no número de erros em quadra, dando sete pontos de graça para a equipe adversária. Mesmo com as entradas de Bruninho e Theo, o time comandado por Bernardinho não se encontrou na parcial e viu Cuba fechar em erro de Vissotto.

O Brasil começou melhor no segundo set e liderou o placar até abrir 12-10, quando novamente sofreu um ‘apagão’ e permitiu a recuperação de Cuba, que anotou quatro pontos seguidos para passar à frente e não perdeu mais o set, fechando novamente em bola levantada por Marlon para Vissotto ficar no bloqueio.

Bernardinho mudou a base da seleção brasileira no terceiro set, colocando Giba, Sidão, Bruninho e Théo para jogarem ao lado de Lucão e Murilo. A vibração voltou com a alteração e ajudou a equipe brasileira a abrir vantagem sobre Cuba para vencer o set com certa facilidade.

A reação não foi o bastante e no quarto set a seleção brasileira voltou a passar apuros diante dos cubanos, que abriram 20 a 17 usando a eficiência ofensiva de Bell e Leon. A equipe do Brasil salvou seis match points e após meia-hora de set conseguiu virar e forçar o tie-break.

Sem evitar novas emoções no quinto set, a seleção brasileira não conseguiu se distanciar no placar, mas se manteve à frente mesmo quando foi pressionada por Cuba e conseguiu vencer a partida com bola fora de Hernandez no ponto decisivo.

BERNARDINHO ADMITE DECISÕES EQUIVOCADAS E GIBA RESSALTA EQUIPE

Bernardinho (técnico)
Giba (capitão)
“Talvez eu tenha tomado algumas decisões erradas hoje, mas isso é o meu trabalho. É o que os técnicos fazem, tomamos decisões. Estou muito infeliz com a atitude de meu time na primeira parte da partida e satisfeito pela melhora na segunda parte”"São sempre dois pontos que a gente ganha. Na hora que tem esses dois pontos eles têm a dúvida, nós não. A gente sabe que vai dar certo. Eles são um time muito bom. Nós temos 12 jogadores e não importa quem começa jogando. Nós jogamos para o time"

NA PRIMEIRA PARTIDA DO GRUPO, RÚSSIA PASSA POR EUA E É LÍDER

Antes do jogo do Brasil, Rússia e Estados Unidos se enfrentaram em Gdansk. Os norte-americanos saíram na frente, vencendo o disputado primeiro set por 31 a 29. Mas seus rivais de Guerra Fria viraram, conquistando os seguintes três sets, com parciais de 25-16, 25-21 e 25-22, e fecharam a partida em 3 a 1. O destaque ofensivo russo foi Maxim Mikhaylov, responsável por 21 pontos de ataque, 5 de bloqueio e 3 em serviços. Pelos EUA, Clayton Stanley foi quem mais pontuou, com 15 tentos. A Rússia enfrenta Cuba nesta quinta-feira, enquanto os norte-americanos terão os brasileiros pela frente, no mesmo dia.