Derrotas na base do vôlei expõem safra sem fenômeno e pior fase desde 1987
As últimas cinco edições do Mundial juvenil sempre tiveram como trilha sonora final o hino nacional brasileiro. Há dez anos o time verde-amarelo subia ao lugar mais alto do pódio no feminino ou no masculino. Não foi o que aconteceu em 2011. O vice-campeonato entre as meninas e o quinto lugar dos garotos expõem uma safra sem fenômenos e o pior desempenho masculino desde 1987. Os resultados, no entanto, não assustam os treinadores da base.
O BRASIL NOS MUNDIAIS JUVENIS
ANO | COLOCAÇÃO NO FEMININO | COLOCAÇÃO NO MASCULINO |
1977 | 4º lugar | 3º lugar |
1981 | 6º lugar | 2º lugar |
1985 | 4º lugar | 6º lugar |
1987 | Campeão | 6º lugar |
1989 | Campeão | 3º lugar |
1991 | 2º lugar | 4º lugar |
1993 | 7º lugar | Campeão |
1995 | 2º lugar | 2º lugar |
1997 | 9º lugar | 2º lugar |
1999 | 2º lugar | 3º lugar |
2001 | Campeão | Campeão |
2003 | Campeão | 2º lugar |
2005 | Campeão | 2º lugar |
2007 | Campeão | Campeão |
2009 | 3º lugar | Campeão |
2011 | 2º lugar | 5º lugar |
“Não preocupa em minha opinião. Estes meninos estão longe da seleção adulta ainda. Há um longo processo de amadurecimento e crescimento pela frente. Eles têm muito que aprender em seus clubes e ainda podem integrar a seleção de novos. Ao longo de todo esse processo, outros nomes surgirão. E os que estão na seleção hoje continuarão por um tempo também”, afirmou o técnico da equipe juvenil Leonardo Carvalho.
Pela segunda vez, o Brasil foi sede do Mundial juvenil masculino. E decepcionou como anfitrião. Os donos da casa ficaram fora das semifinais após derrota inesperada para a Índia e terminaram o torneio em quinto lugar – pior colocação desde 1987 e a segunda mais fraca da história (em 1985 e 1987 o Brasil ficou sexto - veja tabela ao lado).
“Certamente é algo que fica marcado. Eles são jogadores jovens. Em nós adultos todos os sentimentos já mexem bastante. Neles fica mais evidente. A derrota para a Índia foi por nossa própria incompetência. Foi um dia difícil e de muita tristeza porque eles se dedicaram bastante e sabíamos que podíamos ir um pouco mais longe”, lamentou Carvalho.
Disputado no Rio de Janeiro, o Mundial juvenil masculino começou em 1º de agosto e terminou na quarta-feira com o título da Rússia. “Foi uma competição difícil para nós. A gente foi muito irregular e erramos excessivamente. Um dos erros nos custou a semifinal. Mas esta foi a tônica do campeonato, que é curto e com muitos jogos e com jogadores jovens. A Rússia conseguiu manter um padrão um pouco mais elevado”, elogiou o técnico Leonardo Carvalho.
BLOG DO BRUNO VOLOCH
Mundial juvenil é um fracasso: Brasil prepara a festa, não participa, público não prestigia e Rússia comemora |
Feminino
A seleção brasileira feminina juvenil não teve desempenho ruim. O time comandado por Luizomar de Moura foi vice-campeão mundial – segunda edição seguida que não conquista o título. “A geração já tinha conquistado o título em 2009 no infanto-juvenil. É uma geração que tinha totais condições de vencer a competição juvenil. Fizemos um grande campeonato, mas pecamos no jogo decisivo. Sem tirar mérito da Itália [campeã], claro, mas nós falhamos na final”, analisou o treinador.
Para Luizomar de Moura, a equipe brasileira não teve um grande destaque individual na competição. “Coletivamente este sempre foi um grupo equilibrado. Tem jogadoras que não são tão altas e algumas têm que continuar a sua busca para assumir espaço. Essa safra não é de futuro tão imediato como a última, que mandou Natália e Camila Brait direto para a seleção adulta”, explicou.
TÉCNICOS RECORREM A OUTROS NÚMEROS E ENALTECEM GERAÇÃO JUVENIL
FEMININO | MASCULINO |
Luizomar de Moura intercala períodos nas seleções femininas infanto-juvenil e juvenil desde 2003 e é um apaixonado pelo trabalho na base. Embora reconheça que o Brasil tinha condições de se sagrar campeão no Mundial, ele faz questão de enaltecer o trabalho das meninas "O balanço final é positivo. A equipe fez 55 partidas, com 54 vitórias. Fizemos um campeonato mundial bom, mas perdemos a final. Os outros times também trabalham para vencer", falou o técnico que soma dois títulos mundiais no infanto-juvenil, um no juvenil, um vice-campeonato no juvenil e um terceiro lugar no infanto. | "Este não é o lugar que gostaríamos de estar", falou o técnico Leonardo Carvalho. O quinto lugar no Mundial juvenil realizado no Rio de Janeiro não agradou, mas o treinador aponta evolução desta geração. "Eles vieram do 9º lugar no Mundial infanto, o pior resultado da história. E se recuperaram. Claro, que eles queriam chegar aqui e vencer para dar a volta por cima, mas mostraram superação e evolução. Não dá para dizer que o balanço é positivo, porque sabíamos que poderíamos ir mais longe", justificou o treinador que está no comando da seleção brasileira masculina juvenil. O Brasil sofreu derrota inesperada para a Índia e acabou fora das semifinais. |
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