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Brasileiras admitem decepção no Japão, mas falam em recomeço por vaga olímpica no vôlei

Thaísa e Sheilla tentam bloquear ataque da Argentina na vitória do Brasil por 3 a 0 - Divulgação FIVB
Thaísa e Sheilla tentam bloquear ataque da Argentina na vitória do Brasil por 3 a 0 Imagem: Divulgação FIVB

Do UOL Esporte

Em São Paulo

16/11/2011 10h40

A campanha irregular da seleção brasileira feminina de vôlei na Copa do Mundo surpreendeu. E mais: impediu um dos melhores times do mundo, considerado favorito no torneio, de conseguir uma das três vagas que a competição dá para os Jogos Olímpicos de Londres. As próprias jogadoras da equipe admitem a decepção na Copa, e, após a vitória por 3 sets a 0 sobre a Argentina,  nesta quarta-feira, falam em recomeço. A começas pela líbero Fabi, uma das mais experientes do grupo.

"A gente infelizmente não conseguiu cumprir nosso papel da maneira que gostaríamos. Não queríamos passar por isso na Copa do Mundo. Agora é um recomeço, já conversamos bastante no vestiário, no hotel, sobre tudo que passamos aqui. Não podemos fugir, a vida tem que seguir. Foi vitória importante, convincente. Recomeço é a palavra que podemos colocar nesse atual momento. Temos que encarar as coisas de peito aberto e seguir em frente", afirmou a jogadora, em entrevista ao Sportv.

 

Sheilla, principal pontuadora do Brasil na Copa do Mundo, com 129 pontos, afirmou que todas estão conscientes da situação que o Brasil enfrenta atualmente. "Estamos enfrentando uma situação difícil, mas vamos seguir juntas, como uma equipe. Estou ansiosa para jogar a Olimpíada", afirmou a camisa 13, em entrevista coletiva após a vitória sobre as argentinas.

Apesar do triunfo, as chances de conseguir uma vaga em Londres já neste torneio são remotas, já que o Brasil, além de ganhar seus dois próximos jogos, tem que torcer por diversas combinações de resultados, como derrotas de China, Japão e Alemanha nas rodadas finais. Ciente da dificuldade, Fabi praticamente abriu mão do torneio, e já começou a pensar no Pré-Olímpico da América do Sul, que será disputado no Brasil, em maio de 2012. Para a líbero, a seleção terá de fazer valer o favoritismo dentro de quadra, já que enfrentará equipes tecnicamente inferiores.

"Se a gente tem pretensões maiores, vamos respeitas as adversárias, mas não temer. A Argentina é um time inferior ao nosso, mas isso tem que valer em quadra. Temos que encarar o torneio com responsabilidade, não vamos mudar nossos planos por causa de um campeonato ruim", disse Fabi, ainda ao Sportv.