Mercado agitado por Natalia, Venturini e Walewska marca lançamento da Superliga
Paula Almeida
Em São Paulo
29/11/2011 19h06
Um fim de aposentadoria, um retorno ao Brasil após sete anos e uma troca de um clube por seu maior rival. É este tripé que exemplifica a agitação vivida pelo mercado brasileiro e que marcou o lançamento da Superliga feminina de vôlei 2011/2012. Nesta terça-feira, em evento realizado em São Paulo, atletas e técnicos responderam sobre o equilíbrio entre os quatro principais clubes da temporada – Unilever, Sollys Nestlé/Osasco, Vôlei Futuro e Sesi – e, sobretudo, sobre como as mudanças de peças poderão mexer com as equipes na competição que começa no próximo dia 9 de dezembro.
CONFIRA AS PRINCIPAIS MUDANÇAS DE JOGADORAS PARA A SUPERLIGA 2011/2012
Ana Tiemi: trocou o Osasco pelo Vôlei Futuro | Fernanda Venturini: voltou após 4 anos de aposentadoria e foi para a Unilever |
Carol Gattaz: trocou a Unilever pelo Vôlei Futuro | Hooker (EUA): jogará no Brasil pela 1ª vez, no Osasco |
Dani Lins: trocou a Unilever pelo Sesi | Natalia: trocou o Osasco pela Unilever |
Elisangela: voltou do exterior após dois anos e foi para o Sesi | Sassá: trocou o Osasco pelo Sesi |
Fabíola: trocou o Pinheiros por Osasco | Tandara: trocou o Vôlei Futuro pelo Osasco |
Fernanda Garay: voltou do Japão após um ano e foi para o Vôlei Futuro | Walewska: voltou do exterior após sete anos e foi para o Vôlei Futuro |
Com o retorno de Fernanda Venturini às quadras após quatro anos e com a migração de Natália do Osasco para a Unilever, o time carioca ganha status de grande favorito ao título, que seria seu oitavo na história da competição. Além da nova dupla, a equipe comandada pelo técnico Bernardinho conta ainda com as atuais selecionáveis Mari, Sheilla, Fabi e Juciely. Isso sem contar Valeskinha, campeã olímpica em 2008.
Apesar disso, o discurso interno é de cautela. “O Osasco montou uma equipe até melhor do que a do ano passado, e o Vôlei Futuro também está mais forte com a volta da Walewska da Rússia. Tem também o Sesi. Então, se colocar na balança, essas equipes se equivalem”, analisou Fernanda, nova capitã da Unilever.
Citada por Fernanda, Walewska é justamente o maior trunfo do time de Araçatuba para buscar sua primeira final nacional. No entanto, a central, que volta ao Brasil após passar sete anos no exterior, não é o único reforço do Vôlei Futuro, que trouxe também Ana Tiemi, Carol Gattaz, Fernanda Garay e o técnico Paulo Coco, além de manter nomes como Paula Pequeno, Joycinha e Stacy.
“Acho que a Superliga desse ano vai ser a mais forte e pode enfim ter uma final diferente”, comentou Walewska. “Acho que as equipes estão mais fortes nesse ano e isso pode fazer a diferença”.
As principais mudanças, porém, ficaram por conta do Osasco. Apesar de manter Thaisa, Adenizia, Jaqueline e Camila Brait, o time perdeu Natalia, Carol Albuquerque, Sassá e Ana Tiemi. Em contrapartida, chegaram Fabíola, Tandara, Ju Costa e Hooker, reforços que deixaram o técnico Luizomar de Moura bastante empolgado.
“O objetivo do projeto foi mantido, que é ter atletas de seleção junto com novos talentos. Temos a chegada da Fabíola, que vem se destacando nos últimos anos, da Tandara, que até já esteve com a gente no passado, e da Hooker, que esperamos que tenha uma rápida adaptação”, destacou o treinador, ciente das dificuldades que as novas equipes devem trazer. “A Superliga continua sendo extremamente difícil, mas essa tradição de Sollys x Unilever acabou virando um clássico mundial, que todo mundo quer tirar. Acho que com essa nova pontuação [3 pontos para os vencedores por 3 a 0 e 3 a 1, e 2 pontos para os ganhadores por 3 a 2], os times intermediários vão tirar muitos pontos dos favoritos”.
Cinco jogos abrem a Superliga 2011/2012 no dia 9, e no dia 10, o novo clássico entre Unilever e Sesi encerrará a rodada inaugural da competição.
VEJA COMO FOI A FESTA DE LANÇAMENTO DA SUPERLIGA