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Presidente da CBV admite queda das seleções e cobra técnicos: 'tem que mudar alguma coisa'

Ary amenizou problemas internos, mas admitiu que as seleções precisam de mudanças Imagem: Alexandre Arruda/CBV

Paula Almeida

Em São Paulo

29/11/2011 14h54

O presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), Ary Graça, bem que tentou amenizar os últimos resultados negativos das seleções brasileiras adultas, mas logo apertou o discurso e admitiu que as equipes precisam de mudanças para retomar seu melhor nível.

A principal bronca do dirigente foi em relação às derrotas da seleção masculina para Itália, Cuba e Sérvia na Copa do Mundo que está sendo disputada no Japão. Ary lembrou que o Brasil não perdia para os italianos há quase 10 anos e ressaltou que, sob seu comando, o combinado verde-amarelo jamais havia caído diante dos sérvios.

“Aquela derrota para a Itália foi inesperada, como contra a Sérvia. Tem problemas? Certamente tem. Então vamos corrigir. Tem que manter a tranquilidade, a calma. E ter a convicção de que a fila anda. Não podemos deitar em berço esplêndido. Tem que ver o que os adversários estão fazendo. A Sérvia, por exemplo, está jogando igual ao Brasil. E eu vi bola rápida até na Rússia, que nunca teve. Eles estão contratando técnicos estrangeiros, italianos, argentinos, para imitar o vôlei brasileiro. Nós estávamos cinco anos na frente e agora deixamos igualar. Mas vamos superar de novo”, analisou em entrevista concedida nesta terça-feira durante o lançamento da Superliga feminina 2001/2012.

Apesar da bronca, Ary contemporizou a forte discussão entre Bernardinho e Escadinha ocorrida no domingo passado, no segundo set da vitória sobre a Argentina.  “Enquanto eles estiverem aguerridos, querendo brigar, querendo consertar, está ótimo. Isso é normal e vai deixar sequela zero”, avaliou.

Não faltaram também sermões para a seleção feminina. O cartola até atenuou os resultados da seleção feminina, quinta colocada na Copa do Mundo, lembrando que o grupo teve baixas importantes na competição.

“No feminino, nós tivemos azar, e aqui eu me permito falar um pouco como torcedor. A Jaqueline quase quebrou o pescoço no Pan, a Fernanda Garay, que estava jogando muito bem, se machucou, e a Natalia, nossa maior promessa, não foi”, lembrou.

No entanto, o ex-jogador e hoje presidente da CBV chegou a apontar um dos principais problemas da equipe e fez uma pressão pública aos treinadores Bernardinho e José Roberto Guimarães.

“Temos que ter calma, porque esse momento vai passar. Mas precisamos de mudanças. Não compete a mim, que fico fora da quadra, mas às comissões técnicas. Os treinadores têm que ver quais foram os defeitos e corrigi-los. No feminino, por exemplo, vamos continuar sacando assim? Em Pequim, nosso saque chapado deu certo, agora todo mundo está pegando. Cuba está sacando forte. Tem que mudar? Isso é problema do técnico. Mas temos que mudar alguma coisa obrigatoriamente”, finalizou.

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