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Murilo revela conversa com Bernardinho e Escadinha para "apaziguar" discussão

Escadinha participa de brincadeira com mágico durante o lançamento da Superliga  - Alexandre Arruda/Divulgação CBV
Escadinha participa de brincadeira com mágico durante o lançamento da Superliga Imagem: Alexandre Arruda/Divulgação CBV

Luiz Paulo Montes

Em São Paulo

08/12/2011 15h49

Na partida entre Brasil e Argentina, pela Copa do Mundo de vôlei, no Japão, uma áspera discussão entre o líbero Escadinha e o técnico Bernardinho chamou a atenção. Visivelmente contrariado, o jogador entrou para defender Murilo, que até então também batia boca com o treinador. Tudo, no entanto, não passou de uma tensão de jogo, resolvida em uma conversa após a partida, segundo os próprios envolvidos relataram, durante o lançamento da Superliga masculina, nesta quinta-feira, em São Paulo. 

Murilo revelou que a discussão começou após ele ter respondido a uma bronca de Bernardinho, que "estava muito irritado". O ponteiro, eleito melhor do mundo em 2010, admitiu que perdeu a cabeça no momento em que o técnico chamou a atenção dele e retrucou. "Nós todos estávamos nervosos por ter que vencer o jogo. Perdi a paciência com ele e respondi. Não é uma coisa que acontece sempre, mas faz parte. O Bernardo retrucou e o Escada entrou no meio e falou também", declarou Murilo.

Depois da partida, no entanto, uma conversa entre os três acalmou os ânimos e "acertou os ponteiros", de acordo com os dois jogadores. "Não é bom, mas infelizmente aconteceu, não muda nossa relação. Ele me substituiu e quando saí já apertei a mão dele e falei "foi mal". Conversamos, eu falei para ele que perdi a cabeça e ele falou também: "quantas vezes eu também já não perdi a cabeça"? O importante é que foi tudo resolvido na hora, pois se levasse o problema para a frente seria o problema", completou o ponta. 

De acordo com Escadinha, discussões como aquela são normais de acontecer no grupo da seleção brasileira. Ele acredita que o caso só tomou uma grande repercussão pois foi diante do público e das câmeras. Do contrário, teria passado despercebida, como várias outras que já teriam ocorrido, segundo ele.

"Atrito? Aquilo é normal. Atrito seria se estivessemos perdendo, mas não era o caso (o Brasil venceu por 3 sets a 0). É um desgaste de jogo mesmo. Quando você vai jogar futebol na rua você não xinga seu companheiro? Eu xingo mesmo, mando ele "para aquele lugar". Não existe desgaste nenhum entre a gente", afirmou o líbero, que atua no Sesi.