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Escadinha se livra dos remédios e comemora ano sem dor após cirurgia

Escadinha participa de brincadeira durante o lançamento da Superliga, na quinta-feira - Alexandre Arruda/Divulgação CBV
Escadinha participa de brincadeira durante o lançamento da Superliga, na quinta-feira Imagem: Alexandre Arruda/Divulgação CBV

Luiz Paulo Montes

Em São Paulo

10/12/2011 12h00

No dia 5 de julho de 2010, o líbero Escadinha, da seleção brasileira, passou por uma cirurgia para a retirada de uma hérnia e colocação de parafusos em um disco. O problema se arrastava desde 2009, quando começou a sentir dores na região, pouco antes da Liga Mundial, quando foi eleito o melhor jogador da competição. Em outubro, ele voltou a atuar, mas cogitou não atuar mais pela seleção, já que não sabia se conseguiria retomar 100% da forma física após a intervenção.

Agora, Escadinha comemora o período sem dor. Após uma conversa com o técnico Bernardinho, ele voltou para o time nacional, disputou a Liga Mundial deste ano e também a Copa do Mundo, competição na qual o Brasil conseguiu garantir a vaga nos Jogos Olímpicos de Londres-2012. O feito, é claro, motivou ainda mais o líbero, que já tem 36 anos de idade. 

NOVO FORMATO DA SUPERLIGA AGRADA AOS HOMENS, MAS NÃO ÀS MULHERES

  • Alexandre Arruda/Divulgação CBV

    A CBV resolveu mexer no formato de pontuação da Superliga para equilibrar ainda mais a competição. A partir desta temporada, vitórias por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 garantem três pontos à equipe. Já um triunfo por 3 sets a 2 dará somente dois pontos ao vencedor, e um ao perdedor. Este modo é usado nos países europeus e também nos torneios da FIVB. A mudança agradou bastante aos homens. Já às mulheres...

"Eu estou feliz pra caramba,  joguei sem dor em 2011. Em 2009 foi o auge da dor, e eu ainda fui considerado o melhor do mundo. Acho que os outros jogaram tão mal que sobrou pra mim. Jogaram tao mal que sobrou pra mim. Esse ano eu pensei só em jogar, não tive que me preocupar com remédios, me encher de Voltaren (remédio antiinflamatório)", comemorou o líbero, durante o lançamento da Superliga masculina. 

Na Copa do Mundo, o jogador voltou a ter atuações destacadas e foi um dos responsáveis pelo time conseguir a vaga para Londres. No fim, ainda foi eleito o dono da melhor recepção do torneio. Premiado, Escadinha se diz bastante motivado para continuar treinando e jogando, tanto  pelo seu clube quanto pela seleção. 

"Motivação para jogar eu sempre tive. Quando perder essa motivação, em qualquer que seja a profissão, você tem que parar. Eu continuo feliz, bagunço o tempo todo no treino, no Sesi ou na seleção. Não estou nem aí. Enquanto eu estiver desse jeito, vou jogar", disse Escadinha.

De volta após sua terceira Copa do Mundo, a primeira da qual o país não retornou com o título, o líbero afirmou que está física e mentalmente desgastado. No total, foram 11 partidas em 15 dias. Os dias de folga eram usados para transferência de cidade, ao fim de cada uma das quatro fases do torneio. 

Como não haverá tempo para descanso agora, já que o time chegou na segunda-feira e neste sábado o Sesi já estreia na Superliga, Escadinha aproveitará a folga de fim de ano, entre Natal e Ano Novo, para relaxar.

"Eu já sabia que seria desgastante, é um jogo seguido do outro, muitas viagens. Mas como já tem o começo da Superliga, vou usar a folga para recuperar as energias. Não dá para perder tempo, tem que acelerar pelo Sesi agora", finalizou.