Topo

Líbero americana volta ao local de acidente quase fatal e descarta trauma: "Faço caretas"

Stacy Sykora faz recepção durante partida do Vôlei Futuro na Superliga de vôlei - Alexandre Loureiro/VIPCOMM
Stacy Sykora faz recepção durante partida do Vôlei Futuro na Superliga de vôlei Imagem: Alexandre Loureiro/VIPCOMM

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

02/03/2012 11h00

Trezentos e vinte e cinco dias se passaram desde que o ônibus do Vôlei Futuro tombou a caminho do Ginásio José Liberatti, em Osasco. Naquele acidente, ocorrido em 12 de abril de 2011, a líbero americana Stacy Sykora quase foi vítima fatal. Sofreu algumas lesões na cabeça e ficou 24 dias no hospital. Nesta sexta-feira, ela passará mais uma vez pela rua onde o ônibus virou. Trauma? Ela descarta, e, com bom humor, mostra que está 100% recuperada e sem sequelas.

"Passamos ali naquele lugar para ir treinar e eu fiquei brincando, dando risada e fazendo caretas com as meninas (companheiras de time). Cheguei ouvindo música e jogando no meu celular. Medo, eu não tenho. Eu brinco com esse assunto hoje, penso positivo. Aconteceu por algum motivo. Não sinto nada de ruim passando lá. Pelo contrário", afirmou Stacy, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, enquanto o ônibus do time deixava o ginásio para levar as atletas ao hotel e passava exatamente em frente ao local do acidente, nesta quinta.

Por opção do técnico Paulo Cocco, a americana, atualmente, apenas treina e recupera seu ritmo de quadra após ficar mais de seis meses sem treinar em 2011. A jogadora, que comoveu os fãs do vôlei após correr risco de morte após o acidente, garante que atualmente está inteira. Sem dores, com a visão perfeita e sem limitações de movimento. A única coisa que ainda falha, às vezes, é a memória. "Não lembro nada do acidente. Não é brincadeira."

Agora, quase onze meses depois da tragédia, Stacy se vê livre dos remédios e dos tratamentos e luta para voltar ao time titular. "Sinceramente, não gosto de remédios mesmo (risos). É muito ruim. Só quero treinar, treinar, treinar. Eu me sinto perfeita, não estou brincando. Hoje consigo dar peixinho na quadra, pegar largadinhas, sabe? Antes eu não conseguia", festeja a atleta, de 34 anos.

Apesar de "estar inteira", como ela mesmo se define, Stacy ainda não garante sua presença nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, com a seleção dos Estados Unidos. Na verdade, a líbero quer mesmo é curtir o momento no Vôlei Futuro. "Faltam cinco meses para a Olimpíada. Mas acontece que eu tenho que treinar hoje, amanhã...Não sei se vou ou não, ninguém sabe o que pode acontecer amanhã. Então, vivo o dia a dia. Mas é claro que tenho vontade de ir para Londres", completou.

Se a Inglaterra ainda está distante, Stacy não quer é deixar Araçatuba, onde vive desde o fim de 2010. Segundo ela, a cidade interiorana é bem parecida com Fort Worth, nos Estados Unidos, onde nasceu e sua família vive até hoje. "Não gosto de muita agitação, por isso me acostumei muito a Araçatuba. Não quero nunca mais sair de lá. Eu me sinto em casa, na minha cidade, de verdade. Vou ficar mais uns 40 anos lá", finaliza.