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Sollys vence Unilever, leva 5º título da Superliga e estraga adeus de Venturini

Esquipe do Sollys/Nestlé bateu o Unilever por 3 sets a 0 em partida no Maracanãzinho - Mauicio Val/VIPCOMM
Esquipe do Sollys/Nestlé bateu o Unilever por 3 sets a 0 em partida no Maracanãzinho Imagem: Mauicio Val/VIPCOMM

Roberta Nomura

Do UOL, no Rio de Janeiro

14/04/2012 11h27

Fernanda Venturini voltou às quadras após ficar quase cinco anos parada. Mas o retorno durou apenas uma temporada. Na manhã deste sábado, a levantadora de 41 anos se despediu do vôlei pela quarta vez – ela assegurou que, agora, não joga mais. E o ‘pano de fundo’ do adeus foi nada menos do que uma final de Superliga feminina, no maior clássico do país na modalidade e com o ginásio do Maracanãzinho lotado. O desfecho, porém, saiu do roteiro. O Sollys/Nestlé atropelou a Unilever, conquistou seu quinto título nacional ao vencer por 3 a 0 (25-14, 25-18 e 25-23) e estragou a festa da veterana jogadora.

As duas equipes fizeram a oitava final consecutiva de Superliga - com cinco vitórias da Unilever (que soma sete títulos em sua história) e apenas duas do Sollys. Mas para levantar o troféu nacional pela quinta vez (2002/2003, 2003/2004, 2004/2005, 2009/2010 e 2011/2012), a equipe comandada por Luizomar de Moura mandou no jogo desde o início para atrapalhar a despedida de Fernanda Venturini.

A levantadora voltou às quadras no início da temporada para suprir a necessidade da Unilever na posição. Após conduzir a equipe a mais uma final nacional, Fernanda prometeu a aposentadoria definitiva aos 41 anos – é a quarta vez que ela dá adeus ao esporte. Considerada uma das melhores atletas do vôlei nacional, ela nada pôde fazer diante de um inspirado Sollys.

O duelo começou equilibrado, como o esperado. Mas logo a igualdade deu lugar à ampla superioridade do Sollys. A Unilever sofreu com os próprios erros e a recepção ruim, que dificultou o trabalho de Fernanda Venturini. Do outro lado da rede, a levantadora da seleção brasileira Fabíola encontrou mais facilidade para variar as jogadas e acionar suas atacantes. A equipe paulista abriu 10-7 e se manteve à frente por todo o primeiro set. O técnico Bernardinho parou o jogo algumas vezes, fez alterações, mas o time carioca se manteve apático e não impediu a vitória laranja por 25-14.

O Sollys tinha tudo para entrar embalado no segundo set, mas os erros mudaram de lado e a Unilever abriu 4-1. O técnico Luizomar de Moura, então, pediu tempo. A parada surtiu efeito e as paulistas assumiram o comando do placar: 5-4. Mas o aguardado equilíbrio voltou até a segunda parada técnica. A partir daí, a história da primeira parcial se repetiu: as paulistas foram superiores e ainda contaram com as falhas rivais. O que se viu no fim do período foi a as jogadoras da carioca com as mãos na cintura e nada de reação. E o 2 a 0 foi confirmado em mais um erro: Fernanda Venturini levantou, mas Veleskinha não completou a jogada.

Para Unilever somente uma vitória no terceiro set impediria o vice-campeonato. No entanto, o Sollys mandou também na última parcial. A equipe de Bernardinho assumiu a condição de perseguidora e até conseguiu esboçar uma reação - perdia por 18-15 e empatou. Luizomar de Moura fez a diferença novamente. O técnico parou o jogo e deu tranquilidade para suas jogadoras abrirem nova vantagem (20-18). E as paulistas mantiveram o rendimento final para fazer 3 a 0 em menos de 1h30 e conquistar o quinto título da Superliga.

JOGADORAS DO SOLLYS DANÇAM APÓS CONQUISTA DA SUPERLIGA