Destaque da final da Superliga, americana se despede do Sollys via blog e jogará no exterior
Campeão da Superliga feminina no último sábado, o Sollys/Nestlé deve sofrer com a valorização de suas atletas e algumas deixarão a equipe. A primeira a se despedir é a americana Destinee Hooker, maior pontuadora da decisão contra a Unilever. A jogadora, de 24 anos, tem em mãos propostas milionárias de times de Itália, Rússia, Turquia e Japão e não renovará seu contrato com a equipe paulista.
Em seu blog pessoal, a americana postou um texto na noite de domingo em que se despede do país e da torcida do Sollys. Em um dos trechos, Hooker afirmou: "Triste que eu tenha que sair. Essa será uma lembrança que eu nunca vou esquecer. Sou atleta profissional há dois anos e venci dois campeonatos, um em Porto Rico em 2010 e agora aqui no Brasil. Que privilégio ter trabalhado com um grupo de meninas tão legais (...). Eu deixo o Brasil com um sorriso. Esse país foi muito bom para mim e eu realmente vou sentir falta daqui. Sollys é um projeto fantástico e eu nunca poderia retribuir tamanha hospitalidade", escreveu a atacante.
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Em contato com o UOL Esporte, nesta segunda, Benedito Crispi, supervisor do time de Osasco, mostrou pessimismo quanto à continuidade da oposto na próxima temporada, principalmente devido às propostas que Hooker recebeu, fora da realidade brasileira.
"Não conversamos com o empresário dela ainda. Mas é bastante difícil ela retornar ao Brasil. Ela tem propostas do mundo todo, então é muito complicado. São valores que a gente não tem como cobrir, é absolutamente fora do nosso padrão financeiro", afirmou o dirigente. "Ainda não conversei com o empresário dela sobre isso, mas, em condições normais, ela deve ir jogar fora", completou.
A estrangeira teve sua contratação anunciada no fim de agosto do ano passado. Na época, o Sollys fez um contrato de risco com a atleta, já que Hooker corria o risco de ser suspensa pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei), devido a uma acusão do Pesaro (ITA) de que ela teria abandonado a equipe sem permissão para tratar de uma lesão em seu país de origem.
Para o supervisor da equipe de Osasco, esse foi um dos motivos pelo qual a contratação da americana no início da temporada foi facilitado. "Ela tem um mercado muito grande lá fora. Mas, naquela época, ninguém queria investir alto nela, pois ainda tinha aquele problema, não sabia se seria suspensa ou não. Nós acreditamos e deu certo. Ela está muito valorizada", disse Benê.
Jaqueline também pode sair
A ponteira Jaqueline, responsável por erguer o trofeu do Sollys, também pode deixar a equipe em breve. A contratação da jogadora é um desejo do Sesi desde a temporada passada, quando o acerto ficou próximo, mas não foi concretizado devido a um problema pessoal da atleta.
Murilo, marido de Jaqueline, atua no Sesi e o casal mora muito perto da sede do clube, na Vila Leopoldina. As negociações existem, mas de acordo com a apuração do UOL Esporte, ainda não houve um acerto - a equipe paulista também tem interesse em Paula Pequeno, do Vôlei Futuro.
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