Sem clube, Rodrigão se arrisca no pôquer, joga com Ronaldo e mira vôlei de praia
Ainda sem clube para defender na próxima temporada do vôlei, o meio de rede Rodrigão tem um outro esporte, além do vôlei, pelo qual tem paixão: o pôquer. Desde que atuou pela primeira vez na Itália, em 2003, o jogador aprendeu a gostar do esporte como forma de entrosamento. Recentemente, porém, disputou seus primeiros torneios "ao vivo". Em um desses torneios, participou com um outro 'jogador ilustre': o ex-atacante Ronaldo, o Fenômetro, outro fã confesso do pôquer.
Há cerca de dez dias, os dois participaram do Mastersminds, torneio organizado por André Akkari, principal jogador profissional do país no pôquer. Na disputa, Rodrigão se deu melhor que Ronaldo, e conseguiu avançar para o dia 2, ao contrário do agora empresário, maior artilheiro de Copas do Mundo. No último fim de semana, Rodrigão também passou para o 'dia 2', em disputa realizada em Santos.
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"O Ronaldo foi convidado pelo Akkari e abriu o torneio. Jogou com a gente um tempão, mas foi eliminado no primeiro dia. Ele é outro admirador do pôquer, sempre que pode participa de torneios. A gente conversou em uma sala naquele dia, batemos papo e trocamos ideia sobre o esporte. É legal trocar essas experiências", afirmou o jogador, que foi vice-campeão olímpico com o Brasil, em Londres.
Como uma pessoa de seu 'staff' é próxima a Ronaldo, Rodrigão agora aguarda pela oportunidade de jogar na mesma mesa do Fenômeno. Além dele, outro que participa de torneios e gosta do baralho é o zagueiro Paulo André, do Corinthians. Até hoje, eles nunca se encontraram em disputas, mas é algo que, de acordo com o camisa 14, não está longe de acontecer.
"Minha assessora é muito amiga dele, então faz um tempo que tentamos agendar essa mesa. Até agora não conseguimos bater as agendas. Mas existe mesmo essa ideia de juntar o pessoal do futebol e do vôlei. Em breve vamos nos reunir, sim", afirmou o central, que se despediu da seleção nos Jogos Olímpicos.
A ligação de Ronaldo com o pôquer vai além: a 9ine, agência de marketing do pentacampeão, assinou contrato com André Akkari e passou a agenciar o único do país membro do Team PokerStars Pro.
Para a próxima temporada, Rodrigão não assinou contrato com nenhuma equipe. No Brasil, a situação dele é complicada. No sistema de ranking individual da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), o central é sete, pontuação máxima. Por isso, ele teria vaga apenas em times de menor expressão da Superliga. Essas equipes, porém, têm um investimento mais baixo e não teriam condições de ter o renomado jogador em sua folha salarial.
Por conta disso, Rodrigão deve antecipar em alguns meses um projeto que planejava apenas para maio do ano que vem: o vôlei de praia. Nesta semana, ele deve assinar contrato com um clube estrangeiro para jogar apenas o Mundial de clubes, em outubro. Depois disso, a tendência é que comece a treinar na praia, visando aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.
"Minha ideia era começar na praia depois da Superliga. Mas com esse problema dos meus pontos, dos times terem diminuído investimento, devo adiantar para esse fim de ano. O calendário do vôlei de praia mudou, então o Circuito Brasileiro começa em breve. Estou atrás de patrocinadores, e em breve deve ter alguma coisa já", declarou o atleta, campeão olímpico em 2004 e tricampeão mundial no vôlei de quadra com a seleção de Bernardinho.
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