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Ex-líbero americana do Vôlei Futuro revela que é homossexual: 'cansei de usar máscara'

Jogadora americana de vôlei Stacy Sykora (de óculos) posa com a namorada Shivonn - Reprodução/Site Pallavoliamo
Jogadora americana de vôlei Stacy Sykora (de óculos) posa com a namorada Shivonn Imagem: Reprodução/Site Pallavoliamo

Do UOL, em São Paulo

24/10/2012 13h19

A jogadora norte-americana Stacy Sykora concedeu uma entrevista reveladora a um site italiano, o Pallavoliamo. Atualmente atuando em um time do país europeu, a ex-líbero do Vôlei Futuro admitiu que é homossexual e aceitou posar ao lado de sua namorada, Shivonn.

“Agora não preciso mais esconder nada de ninguém. Cansei de usar uma máscara só porque era uma atleta de Olimpíadas”, disse a americana de 35 anos, vice-campeã olímpica em Pequim-2008. “Tenho minhas forças e minhas fraquezas e não vou mais esconder quem eu amo. Tenho uma namorada e me sinto muito bem. Desculpe se alguém virar o nariz e não aceitar minha homossexualidade, mas estou bem comigo mesma e é isso que importa”.

Sykora explicou que a decisão de divulgar sua orientação sexual foi um dos resultados do acidente que ela sofreu em abril de 2011 no Brasil. Na época, ela e a delegação do Vôlei Futuro estavam indo para Osasco, onde enfrentariam o time da casa em uma das semifinais da Superliga feminina, quando o ônibus virou. Algumas jogadoras tiveram ferimentos pelo corpo, mas Stacy Sykora teve os efeitos mais graves: sofreu um traumatismo craniano e ficou sem jogar por quase um ano.

No retorno às quadras, a americana demorou a retomar seu volume de jogo, o que acabou tirando-lhe a chance de disputar a Olimpíada de Londres. De volta à Itália, onde iniciou sua carreira e onde agora defende o Urbino, Stacy passou a levar a vida de maneira mais leve.

“O vôlei continua sendo meu foco durante o dia, e quero dar 100% de mim nos treinamentos, mas fora das quadras eu não posso me esquecer de viver. Não quero perder tempo, porque nunca se sabe o que pode acontecer”, afirmou a líbero. “Todas as noites eu mal posso esperar para voltar para casa e encontrá-la. Estou vivendo minha vida, porque se alguma coisa me acontecer amanhã, saberei que estou fazendo o que me faz feliz”.