Após viver 43 anos no hospital, fã de vôlei realiza sonho de conhecer Jaqueline, Thaísa e Dani Lins
Fã de Thaísa, Jaqueline e Dani Lins, Paulo Henrique Machado, que mora em um hospital há 43 anos por causa de paralisia infantil, realizou o sonho de conhecer as jogadoras na última terça-feira (5) após a partida entre Sollys/Nestlé e Sesi-SP pela Superliga feminina.
Presente no ginásio da Vila Leopoldina, onde o Sesi manda seus jogos, ele, de 45 anos, recebeu o carinho das atletas da seleção brasileira de vôlei e emocionou as jogadoras.
“Foi um encontro emocionante e inexplicável. Ele é uma lição de vida para muita gente que está cheio de saúde e reclama tanto da vida. Ele tinha um sonho e está realizando graças ao esforço que ele está fazendo. Nós sabemos das dificuldades que ele teve de entrar na ambulância e de chegar ao ginásio, mas ele veio e conseguiu realizar o sonho que tinha. Fico contente em saber que pudemos proporcionar essa alegria para ele. Estou muito feliz e vou tentar ir ao hospital para vê-lo e saber o que ele mais gosta para presenteá-lo. Uma pessoa como o Paulo merece ser muito valorizada e serve como exemplo para muita gente que não para de reclamar da vida”, disse Jaqueline após o encontro.
“Na hora que entrei para alongar e eu olhei para cima o meu olho encheu de lágrima. Daí a Sheilla chegou para mim e disse: ‘Calma Thaísa se concentra porque temos um jogo importante’. Eu sou muito emotiva e fiquei super emocionada, é difícil não se emocionar com uma situação dessas. Saber que ele gosta tanto de mim e fez um esforço para vir ao ginásio me conhecer é muito gratificante. Só tenho a agradecer o carinho que ele tem por mim e o esforço que ele fez para me conhecer. Ele é uma lição de vida para as pessoas que às vezes reclamam de ‘barriga cheia’ e de muita coisa boba. O Paulo é um exemplo de superação e temos que nos espelhar nele e parar de reclamar tanto de coisas tão pequenas”, afirmou Thaísa.
Além do encontro, Paulo foi presentado com uma camisa do Sollys/Nestlé e do Sesi-SP, ambas autografadas pelas atletas. Thaísa, eleita a melhor em quadra no jogo, ainda entregou seu troféu Viva Vôlei para o rapaz.
Paulo descobriu que tinha paralisia infantil aos dois anos. Desde então, ele vive em um quarto na UTI do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
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