Vida de atleta e modelo faz campeã olímpica Adenízia sofrer com horários e perder testes
Campeã olímpica em 2012 com a seleção brasileira de vôlei, a meio de rede Adenízia já começa a pensar em seu futuro. Com 26 anos de idade, a jogadora do Sollys/Nestlé assinou recentemente um contrato com a agência de modelos L'Equipe e começará em breve a fazer trabalhos, especialmente fotográficos.
Enquanto concilia as duas carreiras, Adenízia terá de se desdobrar para conseguir fazer os primeiros ensaios ou ser selecionada por algum cliente interessado no perfil da jogadora para atuar em propagandas ou fotografar para catálogos. Desde que passou a fazer parte do casting da agência, a central foi sondada para três testes. Em todos, porém, o horário era conflitante com treinos ou jogos, e ela não participou.
"É uma aventura (conciliar as agendas). Ela não tem muitos horários, não consegue mudar os treinos dela, afinal é um esporte coletivo. Realmente é algo complicado. Mas com paciência, carinho, tudo se encaixa. Não acredito que isso vá ser um empecilho, mas se ela tivesse dias livres seria mais fácil encaixar", admite Liane Kohlrausch, diretora da L'Equipe.
Antes de estrear na 'nova carreira', Adenízia demonstra certa ansiedade e revela que prefere encarar a pressão de uma partida de vôlei, com ginásio lotado, a desfilar nas passarelas. E pelo menos até o fim da Superliga, na qual o Sollys está na semifinal, o foco deverá ser ainda maior apenas no vôlei e deve adiar por mais algum tempo a 'estreia' dela.
"Nunca desfilei, mas acho que deve ser bem mais fácil colocar o uniforme e jogar em um ginásio lotado do que entrar em uma passarela sozinha, andar reto sem olhar pra baixo com um monte de gente te olhando (risos). O que mais curto mesmo é posar para fotos e ver o resultado. É sempre bom saber que tem um futuro depois do voleibol. Sei que ainda sou nova, mas carreira de atleta é curta. Agora meu foco é total no Sollys e na Seleção, não posso me desligar disso", declarou a atleta, ao UOL Esporte.
Adenízia, porém, não precisa nem se preocupar com passarelas. Segundo a diretora da agência, a meio de rede não faz o perfil de modelo que desfila e, por isso, os testes para ela serão quase sempre para trabalhos fotográficos e/ou comerciais e publicidades. Com 1,87m de altura e um corpo de atleta, a campeã olímpica passa longe do perfil das 'magrinhas' que desfilam.
"Ela é muito alta e tem umas medidas bem maiores do que essas modelos. Não que seja gorda, pelo amor de Deus. Mas ela tem corpo de atleta, tem um quadril mais largo... Esse é um mercado bastante fechado em relação a medidas, então complica para ela desfilar. Mas ela se sai super bem com fotografias, é linda, e tem até um rosto mais suave em fotos. Acho que vai dar um trabalho legal com ela", completou Liane.
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