Topo

Sem patrocínio, Vôlei Futuro fecha as portas e fica fora da Superliga

Projeto do Vôlei Futuro teve Ricardinho como um dos principais líderes nos últimos anos - Alexandre Arruda/CBV/Divulgação
Projeto do Vôlei Futuro teve Ricardinho como um dos principais líderes nos últimos anos Imagem: Alexandre Arruda/CBV/Divulgação

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

16/07/2013 18h20

O Vôlei Futuro anunciou na tarde desta terça-feira que não disputará a próxima edição da Superliga masculina de vôlei. Sem patrocínios, a equipe de Araçatuba, no interior de São Paulo, optou por fechar as portas depois de um longo tempo de indefinição.

Em um breve comunicado, a diretoria se pronunciou após meses em silêncio para anunciar à torcida o fim do projeto, que existia há mais de 10 anos. O ápice da equipe foi na temporada de 2010, quando investiu bastante e repatriou o levantador Ricardinho, o oposto Leandro Vissotto e contratou jogadores de seleção, como Lucão e Mário Junior. O resultado foi o título paulista e uma boa campanha na competição nacional.

Ricardinho, o único dos remanescentes da equipe que estava no Vôlei Futuro até a última Superliga, lamentou a situação e se disse chateado. Após o término da Superliga até agora, nenhum contato foi feito da diretoria com os atletas, que ficaram sem qualquer tipo de resposta sobre o futuro da equipe.

"Os jogadores foram liberados e depois não tivemos mais notícia nenhuma, nenhum chamado. Os torcedores mereciam uma resposta da diretoria, se estavam lutando por algo, o que estava acontecendo. Fico até um pouco chateado, mas agora é vida que segue. Ninguém dava retorno nenhum, não tivemos qualquer tipo de conversa. Fico muito triste pela cidade, pelos torcedores, que abraçaram o time, abraçaram eu e minha família desde o começo", afirmou o levantador, ao UOL Esporte.

Em 2012, o time de Araçatuba já tinha corrido riscos de acabar. Com a saída de um de seus principais patrocinadores, jogadores mais renomados deixaram a cidade e a equipe feminina fechou suas portas, deixando Paula Pequeno, Fernanda Garay e outras atletas sem clube na época. Quase no limite, alguns apoiadores apareceram e salvaram o projeto, que contou com apoio de Ricardinho para se manter em pé. 

A situação financeira na época pegou alguns jogadores de surpresa, já que o time masculino acabara de ser vice-campeão da Superliga, ao perder a decisão para o Sada Cruzeiro, em São Bernardo. Esperava-se que o resultado positivo fizesse com que a diretoria aumentasse ainda mais o investimento, o que acabou não acontecendo. 

Sem o Vôlei Futuro, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) anunciou na noite desta terça os participantes da próxima Superliga. Entre os homens, serão 11 times na luta pelo título - Volta Redonda e Florianópolis também não se inscreveram. Entre as mulheres, serão 13 - as novidades são Brasília, de Paula Pequeno e Érika, Jacareí, de Fernandinha, e Maranhão. Osasco, atual vice-campeão, alterou seu nome de Sollys/Nestlé para Molico/Nestlé.