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Brasil bate a Bulgária e tentará 10º título da Liga em revanche contra Rússia

Jogadores da seleção brasileira comemoram ponto durante a vitória sobre a Bulgária - Divulgação/FIVB
Jogadores da seleção brasileira comemoram ponto durante a vitória sobre a Bulgária Imagem: Divulgação/FIVB

Do UOL, em São Paulo

20/07/2013 22h10

O Brasil está a um passo de seu 10º título da Liga Mundial de vôlei. Neste sábado, a seleção comandada por Bernardinho superou a Bulgária em Mar Del Plata (ARG) e venceu por 3 sets a 1 , em tranquilos 25-12, 25-17 e 23-25 e 25-16, em quase duas horas de partida válida pela semifinal da competição. Wallace foi o maior destaque do jogo e eleito o melhor em quadra - anotou 24 pontos. 

O decacampeonato poderá vir com gostinho de revanche. No domingo, às 20h (de Brasília), o Brasil duelará contra a Rússia no reencontro das equipes na Argentina. Na quarta-feira, na abertura da fase final, os russos venceram por 3 sets a 2 em um jogo marcado por provocações do jogador Spiridonov. Sem reagir, os brasileiros 'engoliram seco' a tiração de sarro. Na semi contra a Itália, em que os russos venceram por 3 a 1 e garantiram vaga na decisão, o jogador chegou a receber o cartão vermelho e ser expulso do quarto set.  

O primeiro set foi uma verdadeira aula para os búlgaros. Bruninho fez excelente trabalho na distribuição de jogo e deixava Wallace e Lucarelli à vontade para atacarem livres. Mas o fundamento decisivo para um tranquilo 25 a 12 foi o saque, que entrou bem e esfacelou a recepção e o passe da Búlgaria. Os europeus, perdidos em sua metade da quadra, apenas assistiram ao passeio da primeira parcial.

A seleção brasileira começou o segundo set exatamente do mesmo jeito que acabou o primeiro: em um ritmo alucinante. Sem dar chances para os búlgaros, que pareciam assustados, os comandados de Bernardinho abriram 5 a 0 rapidamente e obrigaram o técnico rival a parar o jogo. 

Com um volume de jogo muito acima do que fez nos dois jogos da fase final até aqui, o Brasil imprimiu um ritmo fortíssimo mais uma vez depois de um esboço de reação da Bulgária. O saque entrou bem e o bloqueio encaixou. Assim, a equipe disparou no placar e abriu 20 a 11 com muita tranquilidade. Depois de dois erros brasileiros, os europeus diminuíram para 20 a 14 e Bernardinho pediu tempo para organizar o time. Com uma invasão rival, confirmada pelo desafio eletrônico, o Brasil fechou o segundo set em 25 a 17. 

A pausa de 10 minutos entre o segundo e o terceiro set fez mal para a seleção, que voltou desconcentrada para aquela que poderia ser a parcial que a levaria para a decisão de forma mais rápida. A Bulgária, então, se aproveitou para abrir vantagem logo nos primeiros pontos: 8 a 4 e, depois, 11 a 5. Bernardinho então pediu tempo para chamar a atenção de seus comandados e quebrar o ritmo dos rivais.

Aos poucos, o favoritismo e o ritmo de jogo do Brasil voltaram a aparecer, quase sempre nas mãos de Wallace e Lucarelli, destaques do time até aqui na competição. Foi em um ataque do oposto que a seleção encostou de vez e ficou só um ponto atrás: 18 a 17, em passagem de Bruninho pelo saque. No fim, com o placar 24 a 23 para o time europeu, um susto: Dante chocou joelho com joelho com Lucarelli e deixou a quadra carregado, sentindo muitas dores. A Bulgária, no lance seguinte, fechou o set. 

Maurício Borges foi o escolhido para substituir Dante, que, com o joelho inchado, sentia dores no banco de reservas. Com o foco retomado, a seleção voltou a ter domínio do confronto e colocou uma vantagem de dois pontos desde a reta inicial. A diferença aumentou mais pelas mãos de Wallace, maior pontuador do jogo com 24 acertos. Em uma bela explorada de bloqueio do oposto, a seleção colocou 11 a 7.

A situação momentânea da partida desestabilizou os búlgaros. Bratoev, ao ser substituído, atirou a plaquinha no chão, bastante irritado, o que rendeu o cartão amarelo (advertência) para ele. Desta maneira, o Brasil chegou ao segundo tempo técnico com 16 a 9 e encaminhou a vitória na partida. Lucarelli, de só 21 anos, chamou a atenção em duas pancadas do fundo da quadra. O time europeu, com 21 a 13 contra, 'se entregou'. Os brasileiros não diminuíram a intensidade e cravaram a bola do lado oposto com o jovem central Isac. O triunfo, esperado, chegou com mais tranquilidade do que se esperava.

Desde que Bernardinho assumiu a seleção, em 2001, o time só não chegou em duas finais da Liga Mundial - em 2008 e 2012. Neste domingo, o grupo renovado tentará a 10ª conquista do país no torneio, sendo a nona sob a batuta do experiente comandante.