CBV bate o pé, mas Volta Redonda ainda tenta inscrição na Superliga
O Volta Redonda está em contagem regressiva. Depois de uma reunião realizada na última segunda-feira, na sede da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), o time ganhou um prazo para sanar dívidas com os atletas e ter mais uma chance para tentar se inscrever na Superliga masculina. Um novo encontro será realizado na próxima sexta-feira, quando a situação da equipe será definida.
O que joga contra, porém, é justamente o tempo. O prazo para inscrição no torneio se encerrou no meio de julho, e a tabela oficial será divulgada provavelmente na quarta-feira, ou seja, antes do prazo pedido pelo Volta Redonda para conseguir alinhar os detalhes que impediram sua inscrição até aqui. Uma liminar na justiça havia devolvido ao time o direito de jogar, mas a CBV conseguiu derrubar.
A CBV chegou a anunciar que o Volta Redonda seria alijado da Superliga. A decisão motivou um protesto dos atletas da equipe, que ergueram cartazes na última quinta-feira com mensagens direcionadas à entidade nacional. “Quero ser atleta”, dizia um dos textos dos jogadores. No encontro desta segunda, a cúpula da entidade reafirmou ao presidente da equipe que não deve voltar atrás na decisão.
Na sexta-feira passada, um dia depois do protesto dos atletas, a CBV marcou uma reunião com Rogério Loureiro, presidente do Volta Redonda, para tentar resolver a questão. Ele disse à entidade que a dívida com os atletas é oriunda da administração anterior do clube. Até o ano passado, o time de vôlei da cidade era administrado pela prefeitura. O Volta Redonda Futebol Clube cedia apenas a marca.
Entretanto, uma disputa política envolvendo prefeitura e Volta Redonda Futebol Clube motivou um rompimento. Quando isso aconteceu, 15 jogadores tinham pendências salariais. Quatro deles chegaram a acionar judicialmente a equipe. Diante da celeuma, a CBV acusou o Volta Redonda de infringir os artigos 7º e 8º do regulamento da Superliga, que veta a participação de clubes que devem a atletas. Essa é a alegação da entidade para ter retirado a equipe.
“Foi o patrocinador antigo, que era a prefeitura, que deixou de pagar. Mas como é o mesmo clube, então a responsabilidade passa para nós”, relatou Loureiro em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.
Na reunião de segunda-feira, essa foi a base da argumentação do mandatário. Isso não sensibilizou a CBV, que deu mais alguns dias para a pagamento de todas as dívidas com jogadores para ao menos repensar a decisão.
“Conversamos bastante, mostramos que queremos estar na Superliga e falamos sobre o envolvimento da cidade. Eu pedi até o fim da semana para que eu possa sanar essas questões”, explicou o presidente.
Questionado sobre o porquê de a prefeitura ter atrasado o pagamento aos atletas, Loureiro não soube explicar: “Oficialmente, não deram resposta sobre o motivo”. Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Esportes de Volta Redonda não respondeu até o fechamento do texto.
“No momento atual não tem dívida com ninguém. Como um clube que não tem dívida com ninguém é impedido de jogar com a alegação de que está devendo?”, questionou Alessandro Fadul, técnico do Volta Redonda, em entrevista à “ESPN Brasil”. Loureiro, porém, admite que ainda há questões financeiras em aberto com 'três ou quatro" jogadores, e que até o fim da semana ele tentará negociar com estes atletas o pagamento.
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