Após crise, Juliana e CBV se acertam e atleta deve voltar à seleção
Afastada da seleção brasileira de vôlei de praia desde maio, a medalhista olímpica Juliana tem sua situação bem encaminhada para retornar ao grupo em 2014. O UOL Esporte apurou que já houve uma conversa entre a atleta e a comissão técnica da equipe, liderada pelo técnico Marcos Miranda, na qual Juliana desculpou-se por críticas feitas ao novo sistema de seleções.
Há pouco menos de cinco meses, Juliana, bronze nos Jogos de Londres, em 2012, ao lado de Larissa, disparou contra o sistema e afirmou que não teria expectativa nenhuma para a temporada, já que não sabia quem seria sua parceira e nem tinha ideia de quando entraria em quadra.
Para esta temporada, por recomendação da FIVB (Federação Internacional), a CBV (Confederação Brasileira) implementou um formato em que as duplas não são mais fixas. Os jogadores são convocados por técnicos, que comandam períodos de treinamentos e escalam as parcerias para as etapas do Circuito Mundial de vôlei de praia.
Além da vontade de Juliana em retornar, existe até mesmo uma pressão interna, entre as atletas, para a volta da medalhista olímpica, querida pela maioria do grupo e especialmente por sua parceira, Maria Elisa. Soma-se ainda o fato de pessoas ligadas ao principal patrocinador da CBV terem pedido, em reuniões internas, a volta da paulista, que encerrou o time com Larissa no fim do ano passado.
Marcos Miranda, durante o Grand Slam de São Paulo, evitou confirmar o retorno de Juliana, mas afirmou que as portas estão abertas para a volta, desde que o pensamento dela tenha mudado e ela se adapte à seleção.
"Nós temos portas abertas para a Juliana e para toda grande jogadora que entenda o nosso sistema, entenda que é para a evolução do esporte. Por enquanto, penso só em quem está aqui. Naquele momento (das críticas), achei que ela não estava com a cabeça preparada para ficar na seleção. Era o tempo dela. É normal a resistência", afirmou o técnico.
No Circuito Brasileiro, a atleta tem atuado ao lado de sua parceira, Maria Elisa - esta, por sua vez, é dupla de Agatha nas disputas dos Grand Slams e dos Opens, que integram o calendário do Circuito Mundial.
A 'crise' de maio não foi a primeira entre Juliana e CBV. Em dezembro do ano passado, quando o sistema de seleções foi anunciado, a atleta não se apresentou em Saquarema, base das equipes brasileiras. No dia seguinte foi cortada pela comissão técnica, mas acabou 'perdoada' e retornou ao time cinco meses depois.
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