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Empreendedora, líbero usa Sasha e famosas como marketing para novo produto

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

12/11/2013 06h00

Michelle Daldegan tem um perfil diferente da maioria das jogadores de vôlei. Dos tempos de criança em Divinópolis, no interior de Minas Gerais, a líbero do Vôlei Amil carregou o empreendedorismo. Quando era garota, vendia 'geladinhos', queijo de búfala e o que mais aparecesse na fazenda da avó. Fazia aquilo não por necessidade financeira, mas por vontade de ser independente e ter os seus 'trocados' para tomar picolé.

Com 16 anos saiu de casa para se dedicar ao vôlei. Passou por grandes equipes, chegou até à seleção, e hoje é comandada por José Roberto Guimarães. Muita coisa mudou, menos seu espírito empreendedor. Recentemente, Michelle lançou o Brac, uma proteção para as atletas de vôlei usarem nos braços e diminuírem os hematomas e dores das pancadas da bola, além de segurar o suor e impedir que a mão fique molhada. O novo acessório já virou moda entre as jogadoras da Superliga. 

Para obter sucesso em sua nova trajetória, a líbero enviou o produto para algumas companheiras do vôlei, que testaram e deram sugestões até a concepção do produto final. Depois de aprovado, começou a 'divulgação'. E uma das jogadoras 'alvos' para receber o Brac é Sasha, filha da apresentadora Xuxa, e que joga vôlei nas categorias de base do Flamengo.

"Eu mandei um para a Giulia (filha do Giovane Gávio), e pedi para ela entregar um para a Sasha também. Conheci a Giulia quando eu jogava no Sesi, e mandei mensagem pedindo para entregar para a Sasha. Ela diz que a Sasha está super satisfeita. Para mim, ver a filha da Xuxa usando o meu produto é demais, uma satisfação muito grande. Já imaginou se ela posta uma foto? Seria bacana demais. Mas só de as pessoas verem ela usando, desperta uma curiosidade", afirmou Michelle, em entrevista ao UOL Esporte

A ideia de criar o "Brac" surgiu há alguns anos, observando que o braço dela e das companheiras ficava machucado diante de tantas boladas. O empreendedorismo, então, falou mais alto na cabeça de Michelle e, depois de muitas ideias, colocou o protetor no mercado. Hoje, ele é vendido pela atleta por R$ 49,90 e está disponível nas cores branco e preto.

"Algumas enrolavam até faixa no braço. E aí me veio na cabeça de fazer o produto. Mas na rotina de campeonato era muito complicado. Ficava só em pensamento. Mas me encorajei e, nas férias do ano retrasado, eu e a Thaiana (sócia) começamos a nos mexer. Quando quebrei a mão, em 2012, fiquei observando, até que compraram minha ideia. As meninas ligam e dizem que estão adorando", afirmou.

Sem muitas estratégias de marketing, o jeito tem sido apostar no 'boca-a-boca' entre as atletas que disputam a Superliga, especialmente. Cada equipe recebeu um de cortesia para que as atletas pudessem conhecer o protetor. Além disso, Michelle conta com a ajuda das amigas na divulgação.

"O boca-a-boca é bom, tem funcionado bem. Uma pessoa de Brasília compra e no dia seguinte outros três compram. É a mídia espontânea, a ajuda das amigas famosas (risos). Eu só peço que elas divulguem, indiquem. É parceria, sabe? É uma satisfação muito grande tudo isso que está acontecendo. Depois da Superliga vou até falar com o Bernardinho, quero montar o projeto dele (com crianças) com o Brac", declarou.