Campeão olímpico joga 2ª divisão da Superliga após 'parada' e mira elite
Até os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, André Nascimento era visto como um dos principais jogadores de vôlei do mundo. Eleito melhor atacante em diversas competições, campeão na Olimpíada de Atenas, quatro anos antes, e um poderoso ataque de mão esquerda. Cinco anos depois, enquanto muitos de sua geração ainda estão em alta, André está na Superliga B, a segunda divisão do vôlei nacional.
Na temporada 2011/2012 o oposto estava em alta, sempre em destaque. Atuou pelo Minas na Superliga e depois ficou uma temporada no Japão, jogando pelo Suntory. e chegou a ficar com a medalha de bronze no campeonato local. No ano seguinte, porém, retornou ao Brasil e acabou sem clube por uma vontade de atuar em Florianópolis, que na época passava por dificuldades financeiras.
"Logo que voltei do Japão tive a esperança de jogar próximo de casa, na época o time de Florianópolis ainda existia. Seria perfeito estar próximo da família e jogando na cidade onde moro atualmente. Tive uma oportunidade de ir para o Canoas, mas resolvi não aceitar e apostar no time de Florianópolis. Mas infelizmente o time estava passando por muitas dificuldades e não deu sequência. Foi passando o tempo e resolvi não jogar na temporada passada e curtir a família", afirmou o oposto, em entrevista ao UOL Esporte.
Neste mês, André Nascimento aceitou uma proposta para atuar pelo Voleisul/Paquetá Esportes, de Novo Hamburgo, e ser comandado pelo ex-jogador Gilson, mais conhecido como Gilsão "Mão de Pilão". Com 34 anos, o atacante ainda não se vê em fim de carreira e mira uma oportunidade de atuar na elite do vôlei, no mesmo nível que o consagrou mundialmente.
Atuar em uma equipe teoricamente inferior, já que está na 'segunda divisão', não incomoda o oposto. Ele quer uma boa campanha com o time para chegar à elite do vôlei nacional e disputar mais uma Superliga.
"Bateu a vontade de voltar a jogar. Surgiu mais essa oportunidade por meio do Gilson, que me convidou a participar. Vi que para eu voltar a jogar teria que ser agora, não poderia ficar mais tempo parado", disse.
"Está sendo uma recíproca bem bacana. Essa é uma oportunidade única que estou tendo no momento, não me importo se é Liga A ou B ou C, o que importa é que eu estou voltando a fazer aquilo que eu gosto", completou.
Sem jogar há mais de um ano, o canhoto não está longe de sua melhor forma física. Durante todo o período em que ficou parado, seguiu fazendo exercícios físicos, malhando e controlando sua alimentação. Ele, aliás, virou proprietário de uma academia.
Não significa, porém, que já pensa em se aposentar. Afinal, de sua geração, é um dos mais novos. Ricardinho (38 anos), Giba (36 anos), Gustavo Endres (38 anos), Marcelinho (39 anos), Serginho (38 anos) são bem mais velhos e ainda estão em atividade.
"Ainda não (penso em parar). Quero tentar jogar ainda mais um tempo, acredito que posso contribuir mais um pouco para o voleibol brasileiro, Apesar do tempo parado, sonho em voltar ao alto nível", finalizou.
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