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Com Jaqueline e de olho no Mundial, Brasil busca 10º título no Grand Prix

Reincorporada ao grupo, Jaqueline treina com a seleção brasileira para o Grand Prix - Alexandre Arruda/Divulgação CBV
Reincorporada ao grupo, Jaqueline treina com a seleção brasileira para o Grand Prix Imagem: Alexandre Arruda/Divulgação CBV

Do UOL, em São Paulo

01/08/2014 06h00

A seleção brasileira feminina de vôlei estreia nesta sexta-feira no Grand Prix, contra a China, às 12h30 (horário de Brasília). O jogo é disputado em Sassari, na Itália, e é um teste importante para a principal competição do ano, o Mundial, que também acontece na Itália, entre setembro e outubro.

O Brasil tem alguns desafios em quadra. O primeiro deles é dar ritmo de jogo a uma das principais estrelas da seleção, a ponteira Jaqueline, que ficou fora das quadras mais de um ano.

Após as Olimpíadas de 2012, em que ela foi bicampeã com o Brasil, Jaqueline se afastou para ter um filho e só voltou a atuar com a equipe brasileira no torneio de Montreaux, que terminou em junho. Além disso, a jogadora está sem clube na Superliga e precisa mostrar que voltou a sua forma. Mesmo assim, deve ser titular e pode ajudar o Brasil a chegar ao seu décimo título da competição.

O Grand Prix será também o primeiro campeonato que a seleção disputará após a aposentadoria da líbero Fabi. A jogadora de 35 anos era um dos pontos fortes da geração vitoriosa comandada por José Roberto Guimarães. No lugar dela, entra Camila Brait, que já integrava o grupo há cinco anos, mas pela primeira vez atuará como titular e sem a sombra da melhor líbero do mundo.

Capitã do time, a meio-de-rede Fabiana exalta a importância da defesa contra a China. "O time delas está mais completo. É uma equipe que mexe bastante e tem a Zhu, que apesar de nova tem um ataque muito alto. Sabemos que a nossa defesa vai ter que funcionar no jogo contra as chinesas", disse ao site da CBV.

O time que entra em quadra contra a China deve ter Dani Lins como levantadora, Sheilla na posição de oposto, Fabiana e Thaisa no meio, e Fernanda Garay e Jaqueline na ponta.  

Por ser um torneio muito longo, cansativo, e considerado menos importante que o Mundial, que só acontece de quatro em quatro anos, as seleções nem sempre jogam com força máxima no Grand Prix. Chegar à fase final, no Japão, no entanto, pode ser fundamental para testar as jogadoras antes da principal competição do ano.

O Brasil tem tradição no Grand Prix: já havia vencido três antes de José Roberto Guimarães assumir. Com ele, já foram seis, o último no ano passado. Só Sheilla, por exemplo, tem onze torneios disputados e cinco conquistas. Hoje, ela iguala Sassá como jogadora com mais participações na competição.

O Grand Prix, no entanto, deve servir mesmo como preparação para o Mundial, o único título que jamais foi vencido pela seleção de José Roberto. "O Grand Prix será a nossa preparação para o Mundial. Todo o meu esforço tem sido para ajudar a equipe. Temos tudo para disputar boas partidas e já teremos uma estreia difícil com a China, mas estamos bem preparadas", disse ao site da CBV a recém-integrada Jaqueline.

O torneio ganha ainda mais importância porque o Brasil já perdeu quatro amistosos seguidos contra os Estados Unidos neste ano.