Brasil e Rússia sobram, mas Finlândia mantém surpresas em Mundial de vôlei

Brasil e Rússia, dois dos principais favoritos ao título do Mundial de vôlei masculino, tiveram jornada fácil nesta quarta-feira (03). Ambos obtiveram vitórias por 3 sets a 0 (sobre Tunísia e Egito), com parciais extremamente confortáveis. No entanto, isso não foi suficiente para findar a lista de surpresas da competição. Depois de um início fulminante do Irã, a rodada do dia confirmou a boa campanha da Finlândia.

Os finlandeses haviam estreado no torneio com vitória por 3 a 2 sobre Cuba. Nesta quarta-feira, bateram a Coreia do Sul por 3 a 0 (25-22, 26-24 e 25-15). Com isso, ocupam a segunda posição do Grupo B (o mesmo do Brasil, que é o líder).

A campanha inicial já é extremamente expressiva para a Finlândia, que só esteve em cinco edições do Mundial de vôlei antes de obter classificação para o torneio de 2014. Até hoje, a melhor participação do time europeu foi um 11º lugar em 1952.

O jogo desta quarta-feira também foi especial para o atleta mais experiente da Finlândia. O levantador Mikko Esko completou 36 anos. “Acho que eu nunca joguei uma partida tão importante no dia do meu aniversário”, disse ele.

“Nosso saque foi a chave para a vitória. Tivemos problemas com os contragolpes nos dois primeiros sets, e também algumas questões com o bloqueio, mas controlamos o jogo na terceira parcial. Foi um resultado muito importante para o nosso trabalho coletivo”, avaliou Tuomas Sammelvuo, técnico da Finlândia, depois da vitória desta quarta-feira. A seleção dele é a próxima adversária do Brasil (o jogo está marcado para a próxima sexta-feira).

A quarta-feira ainda confirmou o início decepcionante de Cuba. Depois da derrota para a Finlândia na estreia, a seleção caribenha foi atropelada pela Alemanha (3 sets a 0, com parciais de 16-25, 21-25 e 19-25).

Nos outros jogos, mesmo com o primeiro set vencido pelo México no Mundial (derrota por 3 a 1 para a China) e com a vitória do Canadá sobre a Bulgária (3 a 2), os destaques da quarta-feira foram os favoritos. Brasil e Rússia sobraram contra Tunísia e Egito.

“É sempre um prazer jogar contra o campeão mundial e aprender com ele. Nós queríamos jogar mais do que três sets, mas o treinador Rezende [Bernardo Rezende, o Bernardinho] e seu time não deixaram. Eles são muito fortes”, resumiu Fethi Mkaouar, técnico da Tunísia.

“Nós começamos muito focados e tivemos uma boa primeira parte, mas tivemos problemas no serviço e no ataque. A Rússia foi extremamente eficiente no bloqueio e no saque, e por isso nos colocou em situação difícil”, completou o técnico do Egito, Ibrahim Fakheldin.