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Brasil vê sufoco como lição e quer boa vitória sobre Cuba por embalo

José Ricardo Leite

Do UOL, em Katowice (Polônia)

06/09/2014 19h16

O sufoco passado pela seleção brasileira na partida contra a Coreia do Sul é visto como uma lição e aprendizado para os próximos jogos do Mundial de vôlei da Polônia. Na vitória de virada por 3 sets a 2 sobre o time asiático, o Brasil errou muito, sobretudo nos bloqueios e na defesa.

Após a partida, os brasileiros demonstraram certa surpresa com a dificuldade, mas ainda assim entenderam que o susto passado vai trazer mais coisas positivas.

“Eles nos proporcionaram um jogo difícil com um serviço forçado. Estavam muito bem na recepção e acho que isso nos colocou em situação adversa. Não jogamos bem na defesa de novo, assim como no jogo contra a Finlândia, que fizemos uma grande partida, mas na defesa não fomos bem. É algo que temos que melhorar, nossa defesa é um ponto a melhorar”, falou o capitão Bruninho.

“Não esperávamos tanta dificuldade assim, é um time diferente. Eles puseram muita pressão na gente no saque. Mas é uma coisa boa pra gente pensando no futuro. Esse mix de jogos diferentes é importantes. Toda situação que estamos vivenciando aqui vamos usar no futuro próximo ou até a longo prazo. Eles botaram muita pressão na gente no saque”, falou o levantador Raphael.

O técnico Bernardinho deu descanso a alguns dos principais jogadores, como o capitão Bruninho (que se recupera de um trauma no dedo na mão direita), Lucão e Lucarelli, que nem entraram, além de Wallace, que só participou do quinto set. O líbero Felipe nem foi relacionado.

O treinador não quis apontar a ausência dos titulares como motivo pelo jogo ruim, mas disse que é preciso fazer um balanceamento físico no time para evitar o cansaço nos próximos jogos (esta foi a quarta partida de 13 possíveis se chegar à decisão). Agora, quer uma vitória convincente contra Cuba, no domingo, às 15h15 (horário de Brasília) para manter o embalo.

“Temos que parabenizar o time da Coreia pelo espírito guerreiro e boas defesas. Eles jogaram um ótimo voleibol durante os cinco sets. Foi um teste importante contra um time asiático. Temos que descansar os jogadores, mas não é desculpa. Eles (Coreia) jogaram bem e fizeram nossa vida difícil. Temos que aprender com isso e jogar melhor domingo; será importante para a confiança do time.”

O técnico não quis adiantar se Felipe, Lucão, Lucarelli e Wallace serão utilizados desde o começo ou se a equipe terá algum novo poupado.

“Temos que jogar o melhor que podemos. Temos uma estratégia de descansar os jogadores, o Lucas tinha que descansar em algum momento. O Murilo está um pouco cansado e Vissotto está com um problema no tendão, não sei ao certo. Lucarelli tinha alguns problemas musculares. Mas temos que acreditar nos outros atletas, não podemos atuar apenas com seis ou sete jogadores. Vamos ver as condições e jogaremos com o melhor que temos (contra Cuba). Não podemos ter riscos de perder, mas temos que fazer um balanço também”, declarou.

Os quatro primeiros de cada um dos quatro avançam e levam consigo os resultados da primeira fase (exceto os contra os dois times da chave que foram desclassificados). Na segunda fase, os times de um grupo só enfrentam países da outra chave  que cruza(só há jogos de entre times do B contra o D, no caso brasileiro).

No Grupo B, Brasil e Alemanha já estão classificados, e Finlândia e Cuba têm tudo para ficar com as outras vagas, a não ser que uma difícil combinação de resultados ocorra neste domingo. O Brasil ainda não está garantido como primeiro colocado, mas basta uma vitória. Só perde a ponta mediante uma combinação improvável, se perder para os cubanos por 3 a 0 ou 3 a 1 e a Alemanha vencer a Coreia do Sul por 3 a 0 ou 3 a 1.