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Brasil sofre apagão, mas consegue a virada e se aproxima de classificação

Leandro Carneiro

Do UOL, em Verona (Itália)

02/10/2014 16h59

O Brasil assustou, mas continuou firme sua caminhada rumo à terceira fase do Mundial feminino de vôlei. Nesta quinta-feira, contra a Holanda, a vitória em Verona veio por 3 a 1, parciais de 23-25, 25-21, 25-16 e 25-16.

Com esse resultado e o tropeço da Rússia, que perdeu para a Turquia no tie-break, a seleção brasileira fica a uma vitória da classificação. No entanto, a missão não será fácil, pois terá pela frente as russas e os Estados Unidos no fim de semana.

Apesar da difícil missão, o Brasil poderá até avançar para a próxima fase sem vencer nenhum dos jogos, dependendo da combinação de resultados dos duelos envolvendo a Sérvia.

As americanas lideram o grupo com 15 pontos com o Brasil colado com 14 pontos. Sérvia é a nova terceira colocada com 11 pontos e a Rússia aparece em quarto com 10. No fim de semana, as quatro seleções decidirão entre elas três vagas para a terceira fase.

Fases do jogo: Diferentemente do que havia feito em quase todos os jogos até aqui, o Brasil teve um início forte contra a Holanda. Defesa, bloqueio e ataque funcionavam muito bem e a seleção foi construindo uma larga vantagem. Mas, quando a diferença chegou a seis pontos, as brasileiras sofreram um apagão em quadra até ver a virada holandesa e perder o set.

A segunda parcial começou exatamente como a primeira. O Brasil abriu vantagem e deu a entender que ia deslanchar. Mas, o ritmo caiu e as holandesas encostaram. A diferença dessa vez é que as brasileiras não deixaram que a Holanda alcançasse a virada. Boa parte disso foi graças a entrada de Tandara e Fabiola nas vagas de Sheilla e Dani Lins.

O ritmo brasileiro não diminuiu no terceiro set. A seleção começou acelerando o set e pressionando a recepção da Holanda. Com isso, a diferença ficou maior do que na primeira parcial. De volta ao jogo, as brasileiras desta vez não enfrentaram dificuldades para passar à frente nos sets vencidos.

A derrota nos dois sets seguidos pareceu ter desequilibrado de vez as holandesas. As brasileiras encontraram no set decisivo a mais fácil de todas as parciais e construíram a vitória com certa tranquilidade.

Toque do técnico: Para o começo do duelo contra o Brasil, o treinador Gido Vermeulen, da Holanda, fez uma modificação em sua equipe em relação ao último jogo. A experiente Manon Flier começou entre as titulares

Melhor – Thaísa: Pelo segundo dia consecutivo, a central mostrou uma eficiência muito grande no número de pontos do Brasil. Ela foi a segunda melhor da seleção, mas teve um aproveitamento muito melhor que o de Fernanda Garay. A jogadora também foi bem ao marcar seis vezes de bloqueio.

Pior – Celeste Plak: A jogadora é considerada uma das mais promissoras dessa seleção holandesa e foi uma das que mais pontuou no jogo. Mas, ela teve um aproveitamento inferior a 40% das tentativas de ataque, muito pouco para quem teria de fazer a diferença no duelo.

Para lembrar

Freguesia. A Holanda nunca venceu o Brasil na história do Mundial de vôlei. No total já foram sete confrontos.

Presença ilustre. A americana Stacy Sykora, que atuou com algumas atletas da seleção quando jogou no Brasil, esteve na quadra para acompanhar o jogo.