Brasil confirma favoritismo, bate China e fica perto da semi do Mundial
O Brasil está muito perto de se tornar semifinalista do Mundial feminino de vôlei. Nesta quarta-feira, em Milão, a equipe de José Roberto Guimarães passou com tranquilidade pela China e venceu por 3 a 0, parciais de 25-19, 25-16 e 25-15.
Antes deste duelo contra o Brasil, as chinesas só haviam sido derrotadas uma vez no Mundial, pela Itália na última rodada do segundo set.
A equipe brasileira não precisa nem ganhar mais jogos para seguir para a semifinal. Se levar seu próximo duelo, contra República Dominicana, para o tie-break, o time já estará garantido na parte final do torneio.
A seleção poderá até estar classificada quando entrar na quadra na sexta-feira caso as dominicanas vençam ao menos um set no jogo contra a China nesta quinta-feira. Se isso acontecer, o último duelo, na sexta-feira às 12h30 (horário de Brasília), valerá apenas a liderança da chave, que dá o direito de enfrentar o segundo colocado do outro grupo (composto por Estados Unidos, Itália e Rússia).
O duelo entre República Dominicana e China acontecerá na próxima quinta-feira, dia de descanso para a seleção brasileira.
Fases do jogo – O Brasil começou meio sonolento na partida. Sofreu pontos de desatenção por conta das jogadoras, como uma bola que bateu na rede e caiu entre Dani Lins e Sheilla. Mas, antes mesmo da primeira parada técnica, a equipe reagiu em quadra, graças a Fernanda Garay, que fazia um bom trabalho defensivo. Depois da pausa, foi sensível a melhora da equipe dentro de quadra que passou a cometer poucos erros. A vantagem construída começou a pressionar as chinesas e a seleção encerrou o set sem sufoco.
O ritmo brasileiro se tornou ainda mais intenso no começo do segundo set. A China só conseguiu pontuar quando o placar marcava 5 a 0. No quinto ponto, as duas equipes travaram um longo rali com uma bela sequência de defesas das jogadoras, principalmente de Chen Zhan. Em parte do set, as asiáticas até chegaram a se aproximar no marcador, mas nada que fosse possível ameaçar outra vitória brasileira. O desempenho do Brasil ficou ainda melhor quando o técnico Zé Roberto fez a inversão. Em três ataques, Tandara converteu todos os pontos e definiu a parcial.
A facilidade encontrada pela equipe brasileira parece ter desanimado de vez as chinesas. Sem mostrar nenhum tipo de poder de reação, a equipe asiática foi vendo o Brasil construir com muita tranquilidade a vitória no último set, com sua maior diferença em toda a partida. O último ponto do jogo veio das mãos de Thaísa.
Melhor – Fernanda Garay: O duelo desta quarta-feira foi o melhor da atleta no Mundial até aqui. Consistente no saque, com direito a 3 aces, a ponteira saiu de quadra como a maior pontuadora do Brasil, com 15 acertos, mesmo número de Thaísa e Jaqueline. Não bastasse isso, seu desempenho na defesa, ao buscar bolas complicadas, também foi motivo de destaque.
Pior – Hui Ruoqi: A maioria dos erros de recepção da China contra o Brasil, que renderam 5 aces para a seleção brasileira, vieram de suas mãos. Até quando conseguia fazer o passe, a bola ia muito complicada para suas companheiras. Ela foi a jogadora mais explorada pelo time de José Roberto Guimarães em todo o jogo.
Para lembrar
Hino. A organização ensaiou durante horas na véspera da partida a abertura da terceira fase do Mundial, mas cometeu um erro logo no começo. O hino chinês teve um trecho repetido três vezes, o que causou estranheza no público.
Rival atento. O técnico brasileiro Marcos Kwiek, da República Dominicana, trouxe todas suas jogadoras para ver o duelo de suas rivais por vagas na semifinal.
Freguesia. O Brasil ganhou seus últimos 15 jogos contra a China, tanto em Grand Prix, como em Mundial e Olimpíadas. Desde 2008, a seleção não sabe o que é ser derrotada pelas chinesas.
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