"Se der a louca", Mari pode jogar Olimpíada no Rio pela Alemanha

Campeã olímpica com a seleção brasileira feminina de vôlei em 2008, Mari pode atuar pela Alemanha na Olimpíada do Rio de Janeiro. Em entrevista ao jornal O Globo deste domingo, a ponteira admitiu que deve decidir em breve se vai defender ou não as europeias na competição.

“Tenho cidadania alemã e proposta parta um ciclo olímpico. Não quis fazer o ciclo inteiro, mas a negociação para o olímpico está aberta. Se a Alemanha se classificar para o Rio e se me der a louca, vou defender a Alemanha”, afirmou.

Fora da seleção brasileira desde 2012, quando foi cortada pouco antes dos Jogos de Londres, Mari afirma que já superou os problemas com o técnico Zé Roberto. No entanto, ela é enfática ao dizer que não quer mais jogar pelo Brasil.

“Eu não quero ir mais e o Zé Roberto não me quer mais. Está tudo certo, está 0 a 0. Não tenho mais objetivos com a seleção. Olimpíadas no Rio? Posso ir com a Alemanha”, analisou.

A demora na decisão está pela falta de amor à Alemanha. O único contato da ponteira com o país é de sangue já que ela é descendente de alemães. Assim, o único motivo seria puramente esportivo.

“Não tenho vínculo com a Alemanha. Nunca morei lá, não domino a língua, não há nada que me prende à Alemanha. Não tenho amor à pátria, como tenho pelo Brasil, a não ser pelos carros alemães que adoro. Só aceitaria porque pode ser a última olimpíada. E quero disputar três. Não seria para ganhar, pois a Alemanha não tem condições. Seria para disputar de novo, algo inédito”, completou.

A decisão de Mari deve acontecer apenas após a Superliga deste ano. A ponteira vai defender o Osasco e só depois definirá sua situação.