Todos os contratos entre CBV e a União estão sendo investigados pela CGU
A auditoria da Controladoria Geral da União nas finanças da Confederação Brasileira de Vôlei não se restringirá ao contrato com o Banco do Brasil. O Ministério do Esporte informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a CGU agora se dedica a investigar todos os acordos celebrados entre a entidade esportiva e o governo federal.
Só de convênios com o Ministério do Esporte a CBV acumulou um total de R$ 46.2 milhões de 2011 para cá. O que dá uma média de R$ 15 milhões anuais de dinheiro público sob responsabilidade do então presidente da entidade, Ary Graça. “À medida que houver resultados das auditorias o governo tomará as providências cabíveis”, informou a pasta, em nota.
O ministério defende, também, que haja punição aos responsáveis pelas irregularidades encontradas pela CGU na auditoria que encontrou problemas em 13 contratos da CBV com patrocinadores e fornecedores. “Entretanto, o esforço do Ministério do Esporte é para que as medidas administrativas que vierem a ser tomadas não prejudiquem os atletas, principalmente as equipes que estão se preparando para representar o país nos Jogos Olímpicos de 2016. Que haja responsabilização de quem tiver cometido erros ou irregularidades, mas que isso não se reflita no desempenho esportivo do vôlei brasileiro”, diz a nota.
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que tem forte ligação com a voleibol brasileiro, por meio de sua assessoria de imprensa, informou ao UOL Esporte que aguarda os esclarecimentos. “O Comitê Olímpico do Brasil espera que a Confederação Brasileira de Vôlei, que sempre foi exemplo de profissionalismo e sucesso, esclareça os fatos e siga as recomendações da Controladoria Geral da União, em respeito aos atletas e treinadores”, informou a nota do COB.
O atual presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman foi presidente da CBV até 1995, quando assumiu o posto no comitê. Seu cargo na confederação foi ocupado de lá até este ano por Ary Graça. Não, contudo, indícios de ligação de Nuzman com os achados da CGU.
Já a companhia aérea Gol, que também patrocina a modalidade no país, garantiu que nada muda em relação ao contrato com a CBV. “A GOL apoia o vôlei brasileiro e mantém o patrocínio à Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). A parceria existe desde 2009 e sempre foi de muita transparência e, neste momento, não há nenhum motivo para alterações. A GOL acredita no crescimento do esporte no Brasil e o vôlei faz parte da estratégia de patrocínios da empresa para os próximos anos”, informou a companhia, por meio de nota de sua assessoria.
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