Por R$ 350 milhões até 2017, CBV garante ter atendido exigências da CGU
Faltando pouco mais de 24h para o fim do prazo para dar explicações, a Confederação Brasileira de Vôlei enviou nesta quinta-feira, 18, ao Banco do Brasil uma mensagem informando que tomou todas as medidas necessárias para a manutenção do patrocínio da estatal. Há uma semana, a instituição financeira havia estipulado até o final desta semana para que a entidade esportiva informasse ao banco que corrigiu todas as irregularidades encontradas em relatório da Controladoria Geral da União.
Em nota à imprensa, a CBV informou que adotou todas as medidas sugeridas pela CGU. “Auditoria externa, regulamento de contratações, vetos de empresas suspeitas, criação de comitê de apoio e, o principal, reaver judicialmente os valores de contratos apontados pela CGU como irregulares”, comunicou a entidade.
Após uma análise detalhada das contas da CBV nos anos de 2012 e 2013, a CGU colocou em suspeição 13 contratos firmados entre a confederação e algumas empresas estão sob suspeita de irregularidades, como falta de comprovação de serviço prestado, vínculo familiar com o então presidente da CBV,
Ary Graça, contratação de empresas cujos sócios eram funcionários da confederação, entre outras itens. O Banco do Brasil, patrocinador desde 1991, suspendeu o repasse de verbas até que a entidade esportiva justifique cada item do relatório da CGU.
Se for mantido o apoio, o banco pagará de 2012 a 2017, período do contrato, R$ 350 milhões à CBV em recursos de patrocínio, o que dá uma média de R$ 70 milhões anuais. É o maior patrocínio para entidades do esporte olímpico do país.
“A CBV, com essas medidas, demonstra que os conceitos administrativos usados em gestões anteriores não condizem com as diretrizes atuais. Assim, a entidade confia que a parceria mais sólida do marketing esportivo nacional continue rendendo os resultados costumeiros”, continuou o comunicado da confederação.
A entidade citou até os treinadores das seleções adulta de vôlei, José Roberto Guimarães, da feminina, e Bernardinho, da masculina, campeões olímpicos, como garantia de que possui o apoio deles para adoção das novas medidas.
O banco, por meio de sua assessoria, informou que até segunda-feira se pronunciará sobre as resoluções da CBV.
Abaixo, a íntegra da nota da confederação:
A CBV comunicou oficialmente ao Banco do Brasil nesta quinta-feira (18.12) que todas as medidas sugeridas pela Controladoria Geral da União serão implementadas na entidade no prazo de 90 dias. O cumprimento integral das ações demonstra que a nova gestão se compromete com uma governança responsável e transparente.
Auditoria externa, regulamento de contratações, vetos de empresas suspeitas, criação de comitê de apoio e, o principal, reaver judicialmente os valores de contratos apontados pela CGU como irregulares.
A CBV, com essas medidas, demonstra que os conceitos administrativos usados em gestões anteriores não condizem com as diretrizes atuais. Assim, a entidade confia que a parceria mais sólida do marketing esportivo nacional continue rendendo os resultados costumeiros.
De conhecimento de todas as ações desenvolvidas pela entidade, os técnicos José Roberto Guimarães e Bernardo Rezende manifestaram apoio incondicional aos dirigentes que têm a responsabilidade de administrar o atual momento do voleibol brasileiro.
A CBV espera que o Banco do Brasil restabeleça o repasse de recursos do patrocínio para que a realização das etapas do Circuito Open de Vôlei de Praia e o planejamento das seleções brasileiras em todas as suas categorias não sejam prejudicados.
A proximidade da realização dos Jogos Olímpicos pela primeira vez no Brasil evidencia a importância da manutenção do patrocínio do Banco do Brasil.
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