Sheilla vê aposentadoria da seleção como definitiva e fala em ano sabático
Sheilla chegou à seleção feminina de vôlei em 2002. De lá para cá, a oposta acumulou títulos, sendo os dois ouros nos Jogos Olímpicos (em 2008 e 2012) suas principais conquistas. A passagem pelo selecionado do Brasil acabou em agosto deste ano de uma forma amarga. A eliminação nas quartas de final da Olimpíada do Rio de Janeiro colocou um ponto final na trajetória da jogadora defendendo as cores do país.
O técnico José Roberto Guimarães, que anunciou sua renovação como técnico da seleção, afirmou na semana passada que pretende mudar a decisão de Sheilla. Ele chegou a dizer que a oposta tem condições de jogar em alto nível ainda, assim como a central Fabiana, que também se aposentou da seleção após os Jogos. Apesar da confiança, a atleta não parece disposta a voltar atrás.
“Decisão é definitiva, não foi tomada depois da Olimpíada, foi tomada em 2014. Venho me preparando para isso. Não é fácil deixar de sentir a emoção de vestir a camisa. Vou sentir saudade, mas agora é tempo de ficar com minha família. Dediquei 14 anos integrais. Agora, é tempo de ficar com minha família, meus amigos e conseguir viver o que não consegui nesses 14 anos”, revelou a jogadora.
Questionada sobre as outras companheiras que deixaram em aberto sobre o futuro na seleção, casos de Dani Lins, Thaisa e Jaqueline, Sheilla disse que chegou a conversar com elas, mas que essa decisão é pessoal.
“Decisão muito pessoal, você até conversa com uma ou outra, mas é uma decisão muito pessoal. A minha foi pessoal, da Dani, Thaisa, da Jaque também vão ser pessoais. Lógico que eu sei a opinião delas, mas acho que elas têm de falar mais sobre isso”, afirmou.
A atleta tem intenção de largar a seleção, mas seguirá jogando por clubes, exceto na próxima temporada. Sheilla dará uma pausa na carreira e ficará afastada das quadras.
“Essa temporada vou ficar sem jogar, mas lógico que pretendo voltar a jogar. Não consigo deixar vôlei. Imagina, deixar clube e seleção de uma vez, vou enlouquecer. Passo a passo, aposentei da seleção, mas clube quero jogar bastante ainda”, completou.
Um dos projetos que Sheilla se dedicará é uma escola para formar novos atletas na Itália. No país europeu, a oposta defendeu o Scavolini Pesaro, de 2004 a 2008. “Tenho muita coisa para fazer, não consegui ficar parada. Não estou treinando, mas não estou de folga”, brincou a atleta.
Outro plano de Sheilla envolve o marido Brenno Blassioli. De acordo com ela, ser mãe ainda é um sonho. “Um dia vai acontecer, não sei quando ainda”, falou.
Lágrimas contra China
Ao lembrar do seu último jogo com a seleção brasileira, Sheilla recorda que chegou a ficar sem dormir no Rio de Janeiro após a derrota para China, nas quartas de final dos Jogos Olímpicos.
“Depois de perder aquele jogo para China, fiquei triste, não dormi aquela noite. Voltei para casa, continuei pensando. Mas esporte é isso, uma hora você perde, uma hora você ganha. Mesmo tendo perdido, sou muito feliz por ter jogado Olimpíada no Brasil”, finalizou.
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