Bernardinho chora em homenagem a Bebeto de Freitas em premiação do COB

O Prêmio Brasil Olímpico, evento do Comitê Olímpico do Brasil (COB) que escolhe anualmente os destaques do esporte nacional, prestou na noite desta quarta-feira (28), no Rio de Janeiro, uma homenagem a Bebeto de Freitas, ex-treinador da seleção brasileira de masculina de vôlei, morto no início de março.

A lembrança ao profissional levou Bernardinho às lágrimas, como flagrou a transmissão de TV da premiação. Ambos trabalharam juntos no Botafogo, e Bebeto foi técnico do então levantador na chamada Geração de Prata, vice-campeã mundial e olímpica no início da década de 1980.

Quando encerrou a carreira de jogador de vôlei, Bernardinho integrou a comissão técnica do Brasil, a convite de Bebeto de Freitas, nos Jogos Olímpicos de Seul-1988.

"Primeiro título que ganhou na vida dele, eu tinha 15 [anos] e ele, 25. Desde então, uma amizade... Perdi um amigo, uma referência. É uma belíssima homenagem. A única tristeza que tenho é que ele terminou a vida dele, nos últimos dez anos ou mais do que isso, longe do vôlei, que era a grande paixão dele", disse Bernardinho, treinador do Sesc na Superliga feminina.

"Um gênio na direção, tinha um talento que nunca vi. Ele levou o Brasil a um patamar que nunca imaginávamos e abriu uma estrada para que a gente pudesse fazer alguma coisa a mais", completou o ex-técnico da seleção brasileira.

Zé Roberto também comentou a homenagem. "A minha história tem muito dele. Quem me deu oportunidade... Todos nós sabemos disso. O problema é que ele migrou pro futebol, ficou um tempo fora, foi técnico da seleção italiana... Mas sempre é tempo de ter esse reconhecimento", avaliou o atual treinador da seleção feminina de vôlei.

"Todos os profissionais do futebol e do voleibol que trabalharam com ele enaltecem a pessoa e o profissional. Então nós sempre tivemos muito orgulho disso, de sermos filhos dele. Sempre é o momento adequado e justo [para uma homenagem]", afirmou Zé Roberto.