Tifanny diz ter sido vítima de homofobia ao ser vetada em time masculino
Tifanny Abreu se emocionou durante participação no programa "Bola da Vez", da "ESPN", ao relembrar o preconceito sofrido em uma de suas primeiras tentativas no vôlei, antes mesmo de fazer a transição de gênero. De acordo com ela, um dos diretores do Esporte Clube Pinheiros vetou sua participação em uma das peneiras do clube em 2003 por causa da orientação sexual da jogadora, que na época ainda se identificava pelo gênero masculino.
"Fiz meu primeiro teste e tive minha primeira decepção. Em um clube de São Paulo, o técnico ficou encantado com meu voleibol, como eu saltava, como eu atacava, como tinha força, como era explosiva, era um talento nato. Mas o diretor falou: 'Não quero nenhum homossexual no time'", relatou Tifanny.
Durante a entrevista, Tifanny confirmou que o clube em questão era o Pinheiros e que o diretor atualmente comanda uma equipe da Superliga de vôlei.
"No próximo teste que teve, nem participei da peneira. Fui riscada. 'por que eu nem cheguei e você já me cortou?', perguntei para o diretor", prosseguiu Tifanny, com lágrima nos olhos.
"Voltei no outro dia, novamente igual. Quando eu estava voltando para o alojamento, um dos melhores jogadores do time me disse: 'É difícil para o técnico, ele me falou que era difícil te cortar - você é um dos melhores talentos que apareceu - por você ser gay, feminina, e o diretor não permite que feminina jogue no time'", completou.
Jogadora do Sesi Bauru, Tifanny entrou para a história do vôlei brasileiro ao ser a primeira jogadora transsexual a atuar na Superliga feminina.
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