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Calor chegou, e você está usando o protetor solar errado; veja como fazer

Erros simples ao passar protetor solar podem colocar até a saúde em risco Imagem: iStock

Nathalie Ayres

Colaboração para o Guia de Compras UOL

04/10/2023 04h00Atualizada em 04/10/2023 16h49

O verão parece ter chegado antes mesmo da primavera este ano. Mas, independentemente da estação, é preciso tomar os cuidados adequados para se proteger do sol. Você sabe como fazer?

Muitas pessoas acreditam que sabem passar protetor solar corretamente, mas cometem erros simples e colocam a saúde em risco. Conversamos com dermatologistas para entender os principais equívocos e como corrigi-los. E também confira algumas indicações de produtos reunidos pelo Guia de Compras UOL.

Erro 1: você só usa protetor solar no verão ou com sol forte

A luz solar causa impactos em nossa pele em todas as estações, não só no verão. Mesmo quando o sol está encoberto por nuvens, há emissão de raios ultravioletas A e B (os famosos UVA e UVB), que são responsáveis, respectivamente, pelo envelhecimento da pele e pela vermelhidão causada pelo sol.

Além disso, a luz azul, vinda dos aparelhos eletrônicos, também pede proteção.

Por isso, proteja diariamente não só seu rosto, mas regiões do corpo que ficam expostas como mãos, pés, braços, colo e pernas.

Erro 2: Você passa menos do que deveria e não espalha corretamente

Sabia que existe quantidade certa de protetor solar para passar? E se você usar "de menos" corre o risco de não se proteger adequadamente.

De acordo com, a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) as medidas que devem usadas são:

  • Uma colher (chá) no rosto, no pescoço e na cabeça
  • Uma colher (chá) para a parte da frente do tronco e outra para a parte de trás
  • Uma colher (chá) para cada braço
  • Uma colher (chá) para a parte da frente de cada perna e outra para a parte de trás

Além disso, é preciso ter cuidado para espalhar bem o protetor, garantindo uma cobertura uniforme, ou pode ser que a proteção não seja tão boa em algumas regiões do corpo.

Regiões com pelos são mais difíceis e pedem mais cuidado para garantir uma cobertura uniforme.

Erro 3: Você esquece regiões como pés, mãos e orelhas

Outro ponto muito comum é focar em áreas grandes como rosto, pernas, braços, dorso e costas e esquecer-se dos pés, mãos, pescoço e orelhas.

Essas regiões também produzem melanina e podem ser estimuladas pelos raios ultravioletas. Além disso, costumam estar sempre expostas ao sol, não só quando você vai à praia, mas todos os dias, então não deixe de protegê-las também!

Erro 4: Você passa protetor e imediatamente se expõe ao sol

Os protetores solares químicos —ou seja, aqueles que não possuem coloração pois protegem a pele a partir de reações químicas de seus agentes com a pele— não começam a agir no momento que são aplicados.

Eles precisam de um tempo, por volta de 30 minutos, para de fato começarem a proteger você.

Por isso, passe-os com antecedência antes de se expor ao sol e evitar entrar em contato com água ou suar muito nesse período.

Erro 5: Você não reaplica ou demora para fazê-lo

Outro erro comum é achar que aquele protetor que você passou logo cedo vai durar o dia todo.

A reaplicação precisa ser feita a cada três horas, ou a cada duas, se você estiver constantemente exposto ao sol suando ou em contato com a água (como na praia ou piscina).

No dia a dia, mulheres podem ter dificuldade em reaplicar um protetor em creme por cima da maquiagem. Nesses casos, dermatologistas indicam os protetores em pó compacto, que podem ser carregados na bolsa.

Erro 6: Você não protege seus cabelos

Os cabelos também estão sujeitos à radiação solar e devem ser protegidos.

A radiação UVB é responsável pela perda proteica dos fios, enquanto a UVA modifica a cor em decorrência da foto-oxidação dos pigmentos de melanina, causando um aspecto desbotado que modifica até a tonalidade.

Existem protetores específicos para o cabelo e couro cabeludo.

Erro 7: Você não escolhe o protetor mais adequado para você

Outro ponto essencial é escolher um protetor de acordo com a sua pele.

O FPS (fator de proteção solar) varia de acordo com o tom de pele e a facilidade para bronzeamento.

As peles mais claras necessitam de um FPS maior e as peles mais escuras, o FPS pode ser menor.

Por exemplo, peles muito claras ou claras e que ficam avermelhadas após a exposição ao sol devem usar FPS mínimo de 60 ou ainda bloqueadores solares. Além disso, mesmo que você tenha a pele negra, deve usar pelo menos o FPS 30, conforme a orientação da SBD.

Outro ponto é em relação ao tipo de pele, como é o caso das peles oleosas, que precisam optar por versões oil-free ou em gel para evitar o aparecimento de cravos, espinhas e a obstrução de poros. Já pessoas de pele seca podem escolher protetores mais hidratantes.

Também saiba escolher entre protetor físico ou químico. O químico costuma ser suficiente, no entanto, o protetor físico costuma trazer uma proteção extra. Por isso, pode ser uma boa ideia usar protetores com cor no dia a dia.

  • Promete textura seca e de rápida absorção
  • Proteção contra raios UVA e UVB e também contra luz visível
  • Desenvolvido especialmente para o rosto

  • Promete reduzir 39% da oleosidade em 7 dias
  • Possui filtro solar meroxyl X que protege contra raios UVA
  • Traz água termal em sua composição para acalma a pele

  • Proteção contra raios UVA e UVB
  • Alia proteção física e química
  • Possui ácido hialurônico, prevenindo linhas de expressão

  • Com FPS 99, máxima proteção solar disponível no mercado brasileiro
  • Com FPUVA 35, indicado para a prática de esportes, por ser resistente à água e suor
  • Formulado com ácido hialurônico

  • Testado em pele sensível e hipoalergênico
  • Resistente à água, suor e areia
  • Promete seri invisível na pele, não deixando resíduos brancos

  • Pó translúcido (sem coloração)
  • Não comedogênico (evita o entupimento dos poros, que estimula a produção de cravos e espinhas)
  • Proteção UVA, UVA e contra luz azul

  • Toque seco e hidrata a pele
  • Rápida absorção
  • Resistente à água

  • Proteção contra UVA, UVB e luz invisível, além de minimizar efeitos dos raios infravermelhos
  • Possui composição de ativos que protegem e regeneram a pele
  • Com toque seco

Fontes consultadas: Joana D`arc Diniz, dermatologista, diretora científica da SBME (Sociedade Brasileira de Medicina Estética) e diretora da SBCabelos (Sociedade Brasileira dos Cabelos); Paola Pomerantzeff, dermatologista, membro da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e da SBCD (Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica); Renato Soriani, dermatologista membro titular da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e membro efetivo da SBCD (Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica), ex-coordenador do Departamento de Laser e Tecnologias da Sociedade Brasileira de Dermatologia (2017-2021) e CEO da Renascence Dermatologia (Ribeirão Preto/SP)

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