Moto razr 50 ultra tem IA que dá dicas de viagens e treinos; confira teste

Dois pontos importantes quando pensamos num celular com tela dobrável são: tela com aproveitamento inteligente de espaço e recursos com inteligência artificial. E o razr 50 ultra, lançado em junho pela Motorola, conseguiu fazer essas duas características caberem no bolso de praticamente qualquer calça.

Testamos o modelo flip (abre e fecha como uma concha) por quase 10 dias, e um dos destaques é que você pode usar diferentes programas sem precisar abrir o telefone — e isso inclui a IA Gemini, parceria da Motorola com o Google.

Celular dobrável Moto razr 50 ultra

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O que gostei

Tela externa está maior, mais versátil e com melhor aproveitamento de espaço. O dobrável de 2024 tem menos bordas que o moto razr 40 ultra, o que deixa a navegação mais fluida e os jogos melhor exibidos ao usar o telefone fechado.

São 4 polegadas (10,16 cm na diagonal; com resolução de 1.272 x 1.080 pixels) que pegam praticamente toda a frente do smartphone (incluindo uma parte em volta das câmeras e outra próxima à dobradiça).

No painel externo é possível: tirar fotos, usar o gravador de áudio, acessar YouTube, Google Fotos, Google Maps, Gemini, visualizar a previsão do tempo e jogar games adaptados para esse formato.

Detalhe da nova tela junto com as câmeras
Detalhe da nova tela junto com as câmeras Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL

Se a pessoa desejar, ela pode customizar a interface com os programas que ficam fixos nessa tela.

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Em termos de usabilidade, dá para dizer que finalmente a Motorola acertou na escolha desse novo padrão de display. É a melhor versão entre todas as gerações do moto rarz já produzidas.

Quando aberto, a tela interna do razr 50 ultra tem 6,9 polegadas (17,52 cm na diagonal. 1.080 x 2.640 pixels).

Ambos os painéis funcionam com taxa de atualização de 165 Hz cada. Na prática, isso significa que a transição das cenas é muito mais rápida do que celulares com 120 Hz (e isso já é muito rápido).

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Imagem: Marcella Duarte/UOL

Sem vinco marcante na região que dobra. Ao usar o celular aberto, cheguei a esquecer que se tratava de um dobrável, pois muitas vezes não senti o vinco ao passar o dedo pelo display. Ele existe, mas o toque é suave.

O vinco fica aparente diante de algumas mudanças de iluminação na tela, seja de alguma cena exibida nela ou da luz do ambiente. De qualquer forma, para ver vídeos e séries, não me incomodou.

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Imagem: Marcella Duarte/UOL

Formato nostálgico (e prático) para fazer gravações. Ao manter o celular dobrado 90º com a câmera aberta, ele inicia automaticamente uma gravação. A experiência é fluida, confortável (de segurar por vários minutos) e resgatou em minha memória os anos 2000, quando alguns modelos de câmera faziam vídeos dessa forma. Para dar o play/pause e zoom, basta usar o dedo na tela.

Pelo formato dobrável, dá ainda para usar o telefone apoiado em um local plano para, por exemplo, fazer chamadas de vídeo, tirar selfies acionadas por gesto e gravar vídeos.

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Imagem: Marcella Duarte/UOL

Câmeras principalmente para quem gosta fotos de paisagens e de selfies. Os telefones dobráveis - seja da Motorola ou de outras marcas - não possuem o conjunto mais avançado e versátil de câmeras quando comparado aos modelos tradicionais. Por isso é preciso alinhar a expectativas.

Dito isso, o rarz 50 ultra dá conta do recado principalmente para:

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  • Selfies tiradas com ele dobrado, já que o telefone utiliza o conjunto principal de câmera para fazer a foto. Com isso o resultado tem mais qualidade, equilíbrio e resolução do que ao utilizar apenas o sensor da tela interna (que tem 32 MP).
  • Foto com a grande-angular (mais perto do ângulo do olho humano). O modelo foi atualizado e agora tem um sensor que produz imagens com até 50 MP de resolução. Antes eram 12 MP.
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Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL
  • Quem deseja ter em mãos a possibilidade de fazer fotos aproximando objetos e pessoas. A lente teleobjetiva, que também tem 50 MP, consegue aproximar duas vezes mais a cena. Combinando o zoom óptico e digital, o dobrável chega ao máximo de 30x.
Foto em ambiente com luz natural
Foto em ambiente com luz natural Imagem: Marcella Duarte/UOL
Zoom máximo (óptico e digital)
Zoom máximo (óptico e digital) Imagem: Marcella Duarte/UOL
Foto noturna
Foto noturna Imagem: Marcella Duarte/UOL
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Desempenho. Funciona com o processador Snapdragon 8s Gen 3 e com 12 GB de memória RAM. É um conjunto robusto e que atenderá aos mais variados perfis de uso. Ele também foi desenvolvido para aguentar bem rotinas que utilizem inteligência artificial.

O fato de o dobrável ter a função RAM boost, que "dobra" a memória do celular em momentos multitarefa, quando é necessário um desempenho superior, é mais um ponto positivo. Ela chega nesse caso a 24 GB de RAM.

Bateria. O razr 50 ultra tem 4.000 mAh, o que, na prática, significou entre um dia e um dia e meio de uso moderado. Uma vantagem é que a recarga da bateria é bem rápida, graças a compatibilidade de 45 watts. O telefone leva em torno de uma hora para ir de 0 a 100%.

razr 50 Ultra dobrado
razr 50 Ultra dobrado Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL

Estrutura e maior resistência. A dobradiça que permite que a tela do celular dobre também ficou mais resistente em comparação com a geração anterior. Contudo, ela não ficou mais rígida por isso. Pelo contrário.

Inclusive, agora dá para abrir e fechar o telefone com apenas uma das mãos. Antes isso não era possível. De acordo com a Motorola, o aparelho deste ano tem uma mola com menos tensão.

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Proteção contra água. O modelo ganhou certificação IPX8. Com isso, ele suporta ficar na água por 30 minutos em até 1,5 metros de profundidade.

Versátil em cores. São quatro: Midnight Blue (azul), Spring Green (verde), cor Pantone (pêssego) e Hot Pink (rosa).

razr 50 Ultra é vendido em quatro cores: azul, pêssego, pink e verde
razr 50 Ultra é vendido em quatro cores: azul, pêssego, pink e verde Imagem: UOL

Inteligência artificial

O razr 50 ultra utiliza basicamente duas vertentes de IA:

Moto AI, o sistema da própria Motorola que ajuda, principalmente, a melhorar o processamento de fotos e vídeos, ajustando o equilíbrio das cores, contraste e detalhando melhor imagens que tenham sido feitas com o zoom ativado, além de permitir um recurso que transforma fotos em emojis. A IA também oferece a criação de papéis de parede gerados a partir de uma foto da roupa que você está no momento.

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Gemini, IA generativa do Google, simbolizada por uma estrela azul de quatro pontas. Basicamente, você diz algo por texto ou por voz e a IA responde. Dá para conversar, tirar dúvidas, pedir para a IA escrever histórias, e-mails, solicitar a previsão do tempo, receber dicas do que fazer em uma viagem, criar rotinas de exercícios, fazer receitas com os ingredientes que tiver em casa, entre outros.

Em nossos testes perguntamos coisas como:

  • "Que receita eu consigo fazer com esses ingredientes?": os produtos, neste caso, estavam registrados em uma foto tirada na hora. A IA reconheceu o tomate e o queijo, e indicou fazer uma omelete com os itens.
  • "O que fazer em um dia em Nova York": o pedido foi feito somente por texto. E o Gemini respondeu com dicas na tela do celular.
  • "Crie um treino para fortalecer as pernas": solicitação via comando de voz. A IA respondeu falando dicas de treino e com informações descritas na tela. É importante ressaltar que as recomendações não substituem as feitas por profissionais especializados.
  • "Crie um treino para fortalecer as costas": via comando de voz. Resultado parecido com o anterior.
Inteligência artificial Gemini
Inteligência artificial Gemini Imagem: Marcella Duarte/UOL

Pontos de atenção

Capa protetora é cara. Se com um celular no formato tradicional o uso de uma capa protetora é obrigatório, imagina com um dobrável? A questão é que elas não são baratas. Em uma busca rápida encontramos uma versão original da Motorola por R$ 113. Versões genéricas custam entre R$ 50 e R$ 90.

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Exige um investimento alto. O modelo custa a partir de R$ 6.500 atualmente.

Não há aplicativo nativo de galeria de imagens. Os celulares da Motorola não são vendidos com app específico para galeria de fotos. Por isso os conteúdos vão automaticamente para o Google Drive, sincronizando com o perfil do usuário na nuvem.

Para quem não está acostumado com aparelhos da marca, pode causar certo estranhamento. Então vale uma atenção ao apagar imagens (o que é deletado do Drive também é deletado do celular). Quem não quiser usar esse sistema, pode baixar o app Galeria, do Google.

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Imagem: Marcella Duarte/UOL

Para quem vale a pena

Não tem como negar que o razr 50 ultra é um celular versátil, estiloso, funcional e cheio de tecnologia. Ele vai atender a qualquer pessoa que deseja esse conjunto e que pode investir o preço que ele custa.

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Ao comparar com outras versões dessa linha dobrável da Motorola, o modelo deste ano é o que tem o melhor conjunto de todos os já vendidos. As mudanças entre o razr 40 ultra e o de agora são bem significativas, principalmente em termos de recursos de IA.

Confesso que os dobráveis do tipo flip não me entusiasmavam tanto a ponto de desejar ter um. Mas isso começou a mudar após usar o razr 50 ultra. Ele plantou uma sementinha de desejo por um telefone dessa categoria.

Ainda prefiro os smartphones no formato tradicional e que oferecem câmeras de maior qualidade. Contudo, não acharia nada ruim ter um desse como complemento para o meu trabalho.

Celular dobrável Moto razr 50 ultra

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Ficha técnica razr 50 Ultra

  • Tela: 6,9 polegadas pOLED com taxa de atualização de 165 Hz; pico de brilho é de 2.400 nits (unidade de medida que mede a luminosidade)
  • Tela externa: 4 polegadas pOLED com taxa de atualização de 165 Hz; pico de brilho é de 3.000 nits
  • Processador: Snapdragon 8s Gen 3
  • Câmeras: 32 MP (selfie) + 50 MP (principal) + 50 MP telefoto; zoom de 2x
  • Memórias: 512 GB (armazenamento) e 12 GB (RAM)
  • Certificação: IPX8
  • Bateria: 4.000 mAh, compatível com carregador turbo de 45W
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